Veja mais fotos da Dafra Apache RTR 150! É que a Índia, com quatro mil anos de história e mais de 1 bilhão de habitantes, assim como o Brasil, carece de um sistema de transporte coletivo eficiente, agravado pela população cerca de seis vezes maior, em um espaço territorial 2,6 vezes menor. Dá para imaginar o formigueiro, o trânsito caótico e a moto usada como meio de transporte por toda a família (junta) e também para carga. Assim, robustez e resistência são condições de sobrevivência. Entretanto, o modelo Apache 150 explora um segmento de consumidores que não dispensa os predicados utilitários, sem abrir mão de desenho mais elaborado, assim como itens de conforto e esportividade.
Missão
A nova Apache 150, para cumprir o desafio de unir estes requisitos e conquistar o consumidor nacional, chega com pacote bastante recheado, embora a alimentação ainda seja feita com carburador. Equipada com motor de um cilindro, do tipo quatro tempos, arrefecido a ar de 147,5cm³ e duas válvulas, que desenvolve 14,08cv a 8.000rpm e torque de 1,27kgfm a 6.000rpm. A partida é elétrica, sem dispensar o pedal. O tanque comporta 16 litros, proporcionando boa autonomia. As rodas são em liga leve, com uma fina faixa vermelha decorativa, com aro de 17 polegadas na dianteira e 18 polegadas na traseira, com pneus 90/90 e 100/80 respectivamente.
O freio dianteiro é a disco, com formato margarida e diâmetro de 270mm. O freio traseiro é a tambor mesmo, com 130mm de diâmetro. O quadro é em aço tubular, enquanto a suspensão dianteira é do tipo telescópica convencional, com 105mm de curso. A suspensão traseira tem duplo amortecimento. O banco tem dois níveis, com alças para a garupa e pedaleiras ligadas ao quadro para evitar as vibrações da suspensão, por meio da peça conhecida como "bacalhau". No visual, características nitidamente asiáticas com grande carenagem de farol (com lâmpada de 35 W), que vai estabelecendo tendência estilística mundial.
Andando
Completando o visual, há proteção inferior do motor no estilo limpa-trilhos e uma rabeta afilada, com farolete com Leds, que confere ar de sofisticação ao modelo. Motor, quadro e escape são pintados em preto, para imprimir maior esportividade, e a proteção de escape é cromada. O painel é completo e está equipado com o conta-giros analógico e tela digital separada, como nas esportivas, além de relógio de horas, velocímetro, hodômetros total e parcial e indicador de combustível. Para melhor adaptação do piloto, tanto o guidão quanto o pedal de câmbio podem ser regulados, melhorando o conforto.
A pista de testes da TVS (terceiro maior fabricante da Índia e um dos sete maiores do mundo), ao lado da fábrica, nas proximidades da cidade de Bangalore, sul da Índia, conta com grandes retas, curvas de variados raios, além de subidas e até uma pista de tortura, com buracos, valas, trechos alagados e de poeira. A Apache 150 exigida, mostrou frenagens eficientes, bom comportamento em curvas mais fechadas (entre eixos de apenas 1.281mm), e retomadas razoáveis, características dos motores de duas válvulas. Entretanto, a injeção eletrônica poderia deixar o motor ainda mais harmônico. A posição de pilotagem é natural e confortável, com as pernas ligeiramente dobradas em função da baixa altura do banco a 790mm do solo. O preço sugerido é de R$ 6.290.
* o jornalista viajou a convite da Dafra/TVS