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Compra de caças para a FAB - República de Banana

A falta de clima, declarada pela presidente, para a compra dos aviões de superioridade aérea do Programa F-X2 regride o nosso país a um estágio de república de banana.

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

Caça Gripen NG enfrenta Rafale e Super Hornet na concorrência


No concerto das nações, quando um país deixa de seguir os trâmites normais de um processo consagrado, ele se candidata a receber a adjetivação de república de banana, ou seja republiqueta.

No caso da concorrência internacional para a compra de aeronaves de superioridade aérea para a Força Aérea Brasileira, o Brasil está se comportando como uma republiqueta. Se a atual presidente julga que os termos da Estratégia Nacional de Defesa (END), aprovada em 2009, não são importantes, ela deveria cancelar a concorrência internacional, que se arrasta desde 1998.

Depois de caminharmos durante muitos anos rumo a sermos uma grande nação, a entrega do governo a mandatários populistas está promovendo uma regressão a uma república de banana.

Face à sua complexidade de análise, seria aceitável a postura do governo do sociólogo em não apresentar uma definição quanto ao vencedor do certame internacional para o fornecimento dos aviões para a Força Aérea ter o domínio do espaço aéreo brasileiro. Aceitável também seria a postura do governo Lula em seu primeiro mandato em não ratificar um ato que nascera no governo anterior. Inaceitável foi a postura do governo Lula em seu segundo mandato, que, de forma matreira, transferiu o problema para a sua criatura. O presidente trabalhista foi pequeno neste ato. Inaceitável, também, é a postura da atual presidente, que prometeu definir o vencedor do certame neste semestre, e agora não vê “clima” para a definição de uma aquisição cujos efeitos financeiros ocorrerão fora do período de corte dos R$ 50 bilhões realizado no orçamento.

Esse pessoal precisa entender que, para a defesa de uma nação, não se pode empregar o termo “clima”. Quem, medianamente esclarecido, não conhece a frase: “Se queres a paz, prepara-te para a guerra”. Se o país deseja assegurar a sua soberania na defesa das riquezas encontradas em águas profundas, quer contra a ambição de nações tecnologicamente mais desenvolvidas, quer contra atos de guerrilha, o afastamento dos termos da END é um retrocesso. Se o país deseja assegurar a sua soberania sobre as imensas riquezas minerais existentes em seu território terrestre, o afastamento dos termos da END chega às raias da lenidade.

Na América do Sul, está patente a existência de países que não se alinham com o Brasil e países que se alinham, mas que não merecem credibilidade. Países limítrofes que podem servir de bases para sortidas agressoras contra qualquer ponto sensível nacional. Em 2016, a capacidade de defesa de alvos sensíveis ficará capenga, pois os Mirages terão a vida útil esgotada. De pouco adiantará termos um centro terrestre de defesa aérea atuante se não tivermos vetores capazes de desestimular qualquer ação.

É natural que um tema de tamanha envergadura merecia ser bastante debatido. Se as motivações para a aquisição dos jatos fossem trazidas claramente ao povo, possivelmente não teríamos o dissabor de escutar um jornalista de renome julgar que as aeronaves não passam de um brinquedinho para os pilotos da Força Aérea. O Brasil já adquiriu certo status e não pode mais ficar comprando sucatas para compor o seu poder militar.

Afirmar que o ajuste econômico em curso não cria “clima” para um investimento de R$ 12 bilhões é uma balela. É uma fuga aos compromissos assumidos em campanha política. Comprar armas modernas é um investimento, pois uma compra de tal envergadura traz em seu bojo um elenco de tecnologias que por vezes não interessa ser desenvolvido por falta de escala.

Quando o homem pousou na Lua, muitos afirmavam ser um fato promocional. E quem hoje discorda dos efeitos da tecnologia espacial em nossas vidas? A miniaturização de componentes já permite ao homem lidar com a nanotecnologia. Defendo que, em tecnologia, não adianta ficarmos querendo reinventar a roda. Precisamos comprar tecnologia com contratos inteligentes, que nos permitam estar sempre avançando.

O que não nos parece razoável é esse suceder de postergação de definição. Se não é desejado dotar o país com meios modernos de defesa, a concorrência internacional já deveria ter sido cancelada para não sermos qualificados de república de banana. Se é que já não nos qualificam como tal.

BIRUTINHA


EUA A Embraer inaugurou sua fábrica nos Estados Unidos para a produção dos jatos Phenom 100. Estão levando a fabricação para perto dos clientes, uma vez que os Estados Unidos são os maiores clientes da empresa brasileira. A linha de fabricação de jatos executivos, ao que parece, aos poucos está caminhando para o novo endereço.

TARIFAS

A partir de 14 de março, começarão a vigorar as novas taxas de embarque e tarifas das empresas aéreas. As taxas de embarque terão um reajuste de cerca de 5% e as tarifas das empresas aéreas variarão conforme o horário e o aeroporto utilizado. Pretende-se fazer com que os horários de pico sejam alargados, mas o primeiro sinal visível será o aumento das passagens aéreas em determinados horários.

FLYING

A revista especializada Flying concedeu ao jato da Embraer Phenom 300 o seu prêmio de produto do ano. Os editores da Flying escolhem anualmente o melhor produto entre aeronaves, aviônicos, serviços de pilotos e equipamentos. O Phenom 300 receberá também certificação para voar com a configuração aeromédica. As dimensões de sua cabine são propícias para a implantação de um ambiente médico embarcado.

TRIP

A Trip assinou com a Air Lease Corporation (ALC) um contrato de arrendamento de 10 novas aeronaves. São cinco jatos Embraer 190 e cinco turboélices ATR 72-600. Pelo valor de tabela, o contrato totaliza US$ 307 milhões e as primeiras unidades começam a chegar em maio. É interessante observar as opções da Trip e da Azul para a composição de suas frotas.

VERSÁTIL

A Embraer apresentou ao governo da Índia mais uma versão de aeronave montada na plataforma do EMB 145, o versátil. Será uma aeronave de Alerta Aéreo Antecipado e Controle. O traslado para a Índia ocorrerá no segundo semestre e lá a aeronave receberá os componentes eletrônicos em fase de desenvolvimento naquele país.