UAI

Miniaturas clássicas viram relíquias para colecionadores

O primeiro carrinho a gente nunca esquece. Modelos das décadas de 80 e 90 têm público cativo em sites de vendas pela internet

Publicidade
SIGA NO google-news-logo
Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação



Antes da invasão chinesa no mercado brasileiro de brinquedos, motivada pelo contrabando no fim dos anos 1980 e por benefícios fiscais nos anos 1990 e 2000, os carrinhos comercializados por aqui eram caros e apresentavam poucas opções. Apesar disso, ficaram eternizados na memória de quem hoje está na casa dos trinta e poucos anos de idade. Alguns modelos movidos a pilha ou fricção são verdadeiras relíquias e podem ser encontrados em sites de compra na internet.

BATE E VOLTA


No início dos anos 1980, os famosos carrinhos bate e volta da Estrela fizeram muito sucesso. Tratava-se de miniaturas equipadas com sistema giratório localizado na parte inferior do brinquedo, que fazia com que eles andassem aleatoriamente, e quando batessem em algum obstáculo, voltavam. Funcionavam com duas pilhas tamanho D e eram equipados com sirene e pisca-pisca. Os modelos eram os seguintes: Fusca (polícia, ambulância e bombeiro), Fiat 147 (bombeiro e camping) e Corcel II (polícia rodoviária).
(blog-do-charles.blogspot.com/Reprodução da internet - 8/9/11)

Clique aqui e veja mais fotos dos carrinhos!

AQUAMÓVEL


Em 1982, foi lançado o bate e volta movido a água. A condução elétrica da água, que era colocada através de um minigalão em dois orifícios no capô, permitia que o carrinho se movimentasse. Um tampão no fundo era usado para drenagem do líquido. Foi produzido durante três anos, dando lugar ao Monza bate e volta em 1984. Aproveitando-se do lançamento do modelo da Chevrolet como “carro do ano”, a Estrela fabricou seu Monza até 1988. A versão hatch foi a escolhida e vinha como polícia rodoviária, ambulância e bombeiro, também com sirene e pisca-pisca. Graças aos sorteios do carrinho realizados no programa infantil Bozo, do SBT, foi um dos mais vendidos.

CONTROLE REMOTO


Sonho de consumo de 10 entre 10 garotos brasileiros daquela geração, os carrinhos de controle remoto Pegasus (BMW M1 1978), Colossus (picape GM Chevy) e Maximus (buggy tubular), também da Estrela, levavam a garotada ao delírio. Pouco acessíveis devido ao alto preço, eram os brinquedos mais caros fabricados no Brasil até então.

COMPLETÃO


Nas séries prata e ouro, o Pegasus tinha autonomia de alcance de até 30 metros de distância e luzes de seta na frente e traseira, que piscavam conforme a direção tomada. Colossus era uma camionete que tinha como características quebra-mato, faróis de milha no teto e opções de tração 4x2 ou 4x4. Já o Maximus era um fora de estrada que alcançava a maior velocidade entre os três, atingindo 25km/h. As rodas traseiras eram mais grossas que as dianteiras, proporcionando melhor desempenho em pisos irregulares.

Clique aqui e veja mais fotos dos carrinhos!

MOVIDO A FRICÇÃO


Com preços mais acessiveís, os carrinhos movidos a fricção foram a febre do fim dos anos 1980. Os modelos fabricados pela Glasslite são os mais lembrados, com destaque para a
Super Máquina, do seriado de mesmo nome exibido no Brasil pelo SBT na época. Havia duas versões do carro do futuro: uma réplica do Pontiac Trans Am da série e também a versão de uma Lamborghini Countach. Dois kits com caminhão, moto, carro de apoio e miniatura do protagonista Michael Knight também eram disponibilizados para compra. Ainda inspirados nas séries de TV americana, tivemos a picape Duro na queda (disponível também a pilha), o famoso furgão negro de Esquadrão Classe A e a carreta vermelha de B.J Mckay.

HELICÓPTEROS

As mais avançadas e destruidoras aeronaves de combate, Águia de Fogo e Trovão Azul, também saíram direto da telinha para as gôndolas das lojas de brinquedos. Ao friccionar as rodas , as hélices giravam. Também tinham kits com veículos de apoio, como picapes, caminhões e tanque.