UAI

Fiat 500L - Espichando o charme

Para tentar se firmar no mercado norte-americano, a Fiat está lançando lá uma versão alongada do pequenino 500, que oferece mais espaço interno sem perder o visual cult

Publicidade
SIGA NO google-news-logo
Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

As colunas na cor preta realçam a linha de cintura alta e ascendente

De Detroit, EUA - O charmoso 500 parece ter sido uma boa escolha da Fiat para retornar ao mercado norte-americano, há cerca de dois anos. Produzido no México, o carrinho já vendeu mais de 100 mil unidades, principalmente nos estados da Califórnia, Flórida e Nova York. Para continuar no mesmo caminho, pelo menos com relação ao visual cult, a marca italiana agora resolveu lançar este mês na terra do Tio Sam o que se pode chamar de uma versão alongada do pequenino 500. Baseada na plataforma do novo Punto italiano, ela é produzida somente na unidade de Kragujevac (Sérvia), considerada atualmente a fábrica mais moderna da Fiat no mundo.

 

Clique aqui e veja mais fotos do Fiat 500 L!

 

Batizada de L, a opção mais comprida herdou a identidade visual numa proporção maior. Na frente, o que mais lembra o 500 são a barra cromada na ponta do capô, os faróis arredondados e separados e a tomada de ar inferior. Ficou bem diferente a coluna A integrada ao para-brisa e com um vigia. De perfil, a versão familiar parece mesmo o pequenino espichado e até os desenhos das rodas de liga parecem inspirados nele. A linha de cintura um pouco elevada e ascendente dá um ar de modernidade ao carro. Atrás, as lanternas marcam bem a identidade, assim como a traseira mais empinada. Completam o charme as pequenas luzes de ré e de neblina embutidas no para-choque.

 

PARA CINCO O 500 L tem mais duas portas e acomoda cinco pessoas e suas respectivas bagagens. Ou seja, uma versão familiar. Com um comprimento 68,5cm maior e 15cm a mais na largura e na altura, ela proporciona 42% a mais de espaço interno. No porta-malas, cabem cerca de 400 litros. Por dentro, os dois são completamente diferentes. O painel, por exemplo, é bem distinto. Na versão alongada, os instrumentos são analógicos, mas o velocímetro e conta-giros estão separados e bem definidos, com marcadores de combustível e de temperatura do motor na parte de cima. No centro, fica a tela com as informações do computador de bordo.

Painel é bem diferente do 500 e tem velocímetro e conta-giros separados


No mercado norte-americano, a opção familiar é vendida em quatro versões: Pop, Easy, Trekking e Lounge, a topo de linha. Os materiais e as cores usadas no acabamento interno variam de acordo com a opção, mas o painel de instrumentos, os bancos, painéis de porta e o volante são bicolores. Destaque também para a tela do sistema multimídia Uconnect, que pode ser de 5 ou de 6,5 polegadas; e para o amplo e duplo teto solar panorâmico (opcional). Em uma volta rápida, a posição de dirigir mostrou ser bastante confortável e com excelente visibilidade. O banco traseiro também proporciona um certo conforto para três adultos, com cinto de três pontos e apoios de cabeça para todos.

 

MULTIAIR Também debaixo do capô, o 500L é moderno. Ele é equipado com o motor 1.4 MultiAir turbo, que desenvolve 162cv de potência (a 5.500rpm) e 25,2kgfm de torque (de 2.500rpm a 4.000rpm). A versão avaliada tinha câmbio automatizado de dupla embreagem e seis velocidades (existe a opção do câmbio manual de seis marchas, que, nos EUA, não deve fazer sucesso). Em uma primeira e curta impressão, o conjunto se mostrou bem adequado e dimensionado para dar fôlego e vivacidade a um carro que pesa quase uma tonelada e meia. Isso sem beber muito. A Fiat declara um consumo médio (cidade/estrada) de 14,02km/l.

Revestimento dos bancos e apoios com várias opções bicolores



Em um circuito sinuoso, de curvas bem apertadas, a suspensão segurou bem o carro, transmitindo muita segurança. Não rodamos em pisos ruins para saber como ela absorve as imperfeições, mas o conjunto parece bem calibrado para o conforto. 

 

Por enquanto, não existe indicação de que o 500L virá para o Brasil, pois como não é feito no México, chegaria aqui muito caro. Mas especula-se que um utilitário-esportivo compacto, baseado em sua plataforma, poderia ser feito na nova fábrica da Fiat, em Pernambuco. Como o pequenino 500 vem se dando bem nos EUA, uma versão com mais conforto, bom acabamento e amplo espaço interno tem tudo para agradar e marcar a volta por cima da marca italiana no disputado e imprevisível mercado norte-americano.

Símbolo do modelo na tampa traseira e luzes de ré e de neblina no para-choque