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Prefeito de São Bernardo do Campo pede a continuidade da produção da Kombi

Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo, argumentou que o utilitário da Volkswagen gera cerca de quatro mil empregos e levou o pedido ao Ministro Fernando Pimentel

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

Foi preciso uma lei que determina o airbag duplo frontal e freios ABS como itens de série nos veículos a partir de 2014 para que a Volkswagen finalmente decidisse em tirar de linha a ultrapassada Kombi. Mas o fim do modelo, marcado para o fim deste ano, pode estar ameaçado por manobras políticas. O prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Luiz Marinho (PT) pediu ao ministro do Desenvolvimento da Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, para que haja uma exceção nas exigências de itens de segurança da Kombi para que ela continue em linha na fábrica da Volkswagen, localizada no município do ABC Paulista.


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A justificativa do prefeito para o estranho pedido vem dos empregos gerados pela produção da Kombi. Segundo Luiz Marinho, haverá um corte de quatro mil empregos, sendo mil na Volkswagen e outros três mil indiretos. “É necessário um período de dois a três anos para que a Volks possa planejar um novo produto para o mercado”, justificou o prefeito.

Procurada pela reportagem, a Volkswagen preferiu não comentar a declaração do prefeito e também não disse quantos empregos estariam vinculados à produção da Kombi.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que a manutenção da produção da Kombi não depende apenas dele, mas que outros órgãos, como o Denatran, estão envolvidos na determinação de itens de segurança obrigatórios em todos os veículos a partir de 2014.

A intenção do prefeito de São Bernardo em poupar os empregos gerados com a produção da Kombi é compreensível, mas a iniciativa em procurar o MDIC não leva em consideração que o utilitário é um modelo obsoleto, que praticamente parou no tempo e peca muito quando o assunto é segurança. Na Europa, a Kombi foi substituída pela Transporter, um utilitário moderno, seguro e confortável. O Brasil é o único país onde a Kombi é fabricada, praticamente igual ao modelo que deixou de ser produzido na Alemanha em 1979.