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Cadeirinhas não são 100% seguras, mostra estudo

Nenhuma cadeirinha para transportar crianças obteve classificação máxima. No teste de impacto lateral, o resultado foi, em sua maioria, ruim ou aceitável

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

Uso das cadeirinhas passou a ser obrigatório no Brasil em 2010

Nenhuma cadeirinha para transporte de crianças no carro é totalmente segura, segundo estudo feito pela Proteste Associação de Consumidores, em parceria com a Global NCAP, organização internacional de avaliação de veículos. A associação testou 16 modelos e constatou que as marcas comercializadas no Brasil têm desempenho no mínimo aceitável quando submetidas a um impacto frontal. No impacto lateral, no entanto, os resultados variaram de aceitável a fraco, na maioria dos modelos. A marca Cosco, modelo Commuter XP para crianças de 9 a 36 quilos (kg), por sua vez, foi considerada ruim devido ao impacto direto da cabeça do boneco, que simula a criança, contra a lateral do veículo.

Nenhum dos modelos analisados recebeu a classificação máxima de cinco estrelas. Os melhores resultados, nos modelos para crianças de até 13 kg foram registrados pelas marcas Bébé Confort StreetyFix, Chicco Keyfit e Maxi Cosi Citi SPS, com quatro estrelas cada. Elas tiveram resultados considerados bons, tanto para os itens de segurança como para a avaliação de facilidade de uso. A escala é composta pelas seguintes faixas: muito bom, bom, aceitável, fraco e ruim.

Ainda na categoria para crianças de até 13 kg, as demais marcas analisadas receberam três estrelas: Peg Perego Primo Viaggio Tri-Fix, Burigotto Tourin e Galzerano Piccolina. Todas foram consideradas aceitáveis no quesito segurança. No item facilidade de uso, no entanto, a marca Galzerano recebeu classificação aceitável, enquanto as outras foram classificadas como boas.

Nos modelos para crianças de 9 kg a 36 kg, apenas a marca Infanti ganhou quatro estrelas, sendo considerada boa, tanto no quesito segurança como no item facilidade de uso. As marcas Chicco, Burigotto e Graco receberam três estrelas. Todas foram consideradas aceitáveis em relação à segurança. Em relação à facilidade de uso, a Burigotto e a Graco foram consideradas boas e a Chicco, aceitável. Por ter obtido avaliação ruim no item segurança, a marca Cosco recebeu apenas uma estrela.

Com base nos resultados do teste, a entidade informou que vai enviar ao Inmetro o pedido de inclusão de testes de impactos laterais para que os produtos vendidos no Brasil sejam mais seguros.

O uso da cadeirinha passou a ser obrigatória no Brasil em 2010. A Resolução 277 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) determina que crianças de até 1 ano e meio têm de ser transportadas no bebê conforto de costas para o movimento do carro, crianças de 1 ano a 4 anos devem ser levadas na cadeirinha, e dos 4 anos aos 7 anos e meio, no dispositivo conhecido como assento de elevação. (Com Agência Brasil)