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Airbag duplo e freios ABS serão obrigatórios em 2014, mas Kombi ainda pode escapar

Após a polêmica de que o Governo Federal iria dar mais dois anos para que montadores se adequassem às resoluções do Contran, ministro Guido Mantega confirma que todos os automóveis produzidos a partir de 01 de janeiro de 2014, deverão ter os dispositivos

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou no fim da tarde desta terça-feira (17), que o governo vai manter o cronograma que prevê a obrigatoriedade de fabricação de 100% dos veículos nacionais, a partir de janeiro de 2014, com airbag duplo frontal e sistema de freios antiblocantes (ABS) como itens de série.


O ministro esteve reunido nesta terça com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), sindicatos e com e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Também foram discutidas outras questões, como o problema de exportações para a Argentina, perspectivas para 2014, recomposição das alíquotas de IPI e preocupação com emprego nessa indústria, principalmente nas autopeças.


Na semana passada, o ministro havia afirmado que possivelmente iria ser adiada a introdução dos itens de segurança. Hoje, após a reunião, confirmou que o calendário para implantação dos airbags e freios ABS não muda. "Não vamos modificar o calendário do Contran, 100% dos automóveis terão de ter os itens de segurança."


Mantega disse ainda que as empresas vão se comprometer a absorver os trabalhadores que podem ser demitidos por conta da mudança. "Vão promover absorção de trabalhadores dentro da própria fábrica ou mesmo outras fábricas se comprometeram a ajudar, minimizando o problema maior, que fica nas autopeças."

 

Destino da Kombi ainda é incerto

Mas a confirmação da manutenção do cronograma, não significa que a Kombi, produzida no Brasil há mais de 56 anos, vai deixar de ser fabricada até o dia 31 de dezembro. De acordo com o ministro, o governo estudará a criação de uma exceção para os veículos do tipo 'Kombi', que não tem similar no mercado e será extinta com a introdução dos novos itens. "Não houve resistência das montadoras em criar um waiver [perdão] para as Kombis porque o produto não tem concorrência. [A Kombi] não é caminhonete, não é automóvel. Não é veículo. É um produto diferente, sem similar", explicou. Segundo Mantega, a Fiat pediu que os veículos do modelo Mille também fossem isentos da exigência, mas não houve concordância das outras empresas porque o modelo tem similares produzidos por outras montadoras no país. Com a introdução dos air bags e do freio ABS, o veículo terá a fabricação extinta no próximo ano.

Kombi ainda não tem destino certo e pode escapar da 'morte' por uma possível 'absolvição' do Governo Federal



A Volkswagen ainda não tem nenhum substituto para a Kombi no Brasil, o único país em que ela é produzida em sua geração original, que deixou de ser vendida na Europa em 1975.

 

Veja fotos da Kombi Last Edition!

 

Várias entidades foram contra o adiamento da obrigatoriedade dos equipamentos de segurança, entre elas a Associação Brasileira de Educação no Trânsito, que entregou o manifesto à presidente Dilma Rousseff, e a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. Na última quinta-feira (12), uma petição pública recolheu assinaturas pela internet e enviada ao ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Por ter concorrentes no mercado, Fiat Mille não terá o mesmo privilégio da Kombi e sairá de linha até 31 de dezembro