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Estado de Minas TEST DRIVE

Confira o nosso test drive da Fiat Toro

Picape na versão top Volcano é o melhor exemplo do bem que a fusão com a Chrysler/Jeep fez à Fiat no Brasil


postado em 11/08/2016 13:20 / atualizado em 15/08/2016 14:58

Não é de hoje que as picapes deixaram de ser apenas um utilitário para fazendeiros ou comerciantes que precisavam de uma grande capacidade de carga. Com a cabine cada vez mais espaçosa, confortável e repleta de tecnologia, elas passaram a entrar no sonho e na garagem de famílias que não abriam mão de uma caçamba. A questão é que as picapes médias no Brasil cresceram muito. Visando dar mais espaço aos ocupantes, as dimensões dos utilitários chegaram a um ponto que estacionar em um supermercado ou shopping center virou um pesadelo, mesmo com o auxílio de câmera de ré e sensores.

 

Designers da Fiat acertaram em cheio no visual da Toro, principalmente na frente ousada(foto: Bruno Vasconcelos / DP)
Designers da Fiat acertaram em cheio no visual da Toro, principalmente na frente ousada (foto: Bruno Vasconcelos / DP)
 

 

Como as montadoras não perdem tempo e viram que havia um vácuo entre as picapes pequenas (Strada e Saveiro) e as médias (Hilux, S10, Ranger...), surgiu neste ano o seguimento das picapes médias compactas, inaugurado pela Renault Oroch e reforçado pela Fiat Toro.

A Toro é o primeiro fruto da Fiat nacional diretamente influenciado pela aquisição da Jeep. O primeiro com a marca da família italiana estampada no capô, uma vez que a norte-americana já lançou o Renegade.

 

Esse compartilhamento de plataformas na planta de Goiana fez muito bem a Toro. A versão topo de linha, a Volcano, tem muito DNA da Jeep e mostra uma grande evolução da marca italiana em diversos aspectos, como acabamento e entrega de equipamentos.

 

Picapes passaram a entrar no sonho e na garagem de famílias que não abriam mão de uma caçamba(foto: Bruno Vasconcelos / DP)
Picapes passaram a entrar no sonho e na garagem de famílias que não abriam mão de uma caçamba (foto: Bruno Vasconcelos / DP)
 

 

A beleza do visual da Toro é quase uma unanimidade. Uma mistura perfeita dos desenhos da Cherokee e Strada que deu porte de picape médis ao utilitário com medidas compactas para o segmento. O conjunto óptico merece ser observado separadamente. Os “olhos” estreitos ressaltados por uma faixa de led é puro requinte e esbanja a modernidade que os designers rabiscaram na prancheta. Até mesmo a traseira, que nas picapes geralmente não demandam muito empenho dos desenhistas, ficou bem equilibrada.

 

No interior, a versão que testamos, com todos os acessórios, tem acabamento premium. Material de boa qualidade no painel, nas portas e nos bancos, esses revestidos em couro preto e costuras na cor de cobre. O sistema multimídia com navegador é fácil de usar, mas merecia ter uma tela sensível ao toque um pouco maior.

Mas, em relação aos mimos, nada supera o sistema que permite ligar o carro por controle remoto. Apertando duas vezes um botão na chave/controle, o motor liga e o ar-condicionado é acionado. Ótimo para quando você deixa o carro no sol escaldante típico do Nordeste. E não há problema de segurança, pois o motor é acionado, mas as portas seguem tracadas e a alavanca do câmbio também fica travada. Para sair com a Toro, é preciso destravas as portas e apertar o botão start, que só funciona com a chave dentro do veículo.

Mecânica digna de prêmio

 

Se no visual e no acabamento a Toro já é merecedora de elogios, na mecânica, a versão Volcano beira a perfeição. A junção do motor turbodiesel de 170 cavalos com o impecável câmbio automático de nove marchas conseguiu deixar o trem de força muito robusto (o que se espera de um utilitário) e ao mesmo tempo extremamente eficiente. Saídas já em segunda marcha são ágeis e quando o giro do motor sobe um pouco a picape dispara como um foguete.

 

Topo de linha Volcano é recheado de tecnologia por todos os lados(foto: Marcelo de Paula / Divulgação)
Topo de linha Volcano é recheado de tecnologia por todos os lados (foto: Marcelo de Paula / Divulgação)
 

 

O mais impressionante é que toda essa disposição não se reflete em muito consumo de óleo. Aí, todo o mérito é do câmbio de (quase) infinitas marchas. Com tantos “engates”, o motor está sempre trabalhando em baixa rotação, o que deixa o consumo perto do que fazem os carros compactos.

Na estrada, se você dirigir com certa moderação, é possível conseguir mais de 800 km de autonomia com o tanque de 60 litros cheio. É uma viagem longa sem ter que parar num posto para abastecer. Mais um toque da Jeep, pois se trata do mesmo conjunto que puxa a versão top do Renegade - o “primo” norte-americano que também é fabricado em Pernambuco.

Ótimo acabamento, visual impecável e uma mecânica que faz inveja a qualquer picape média. Seria então a Toro o utilitário dos sonhos, uma vez que entrega tudo isso e tem medidas compactas que não fazem do estacionamento uma tormenta? Seria, se a Fiat não cobrasse tanto pelo utilitário na versão Volcano. A Toro parte de  R$ 79.240 com motor 1.8 flex e nem metade dos mimos que relatamos aqui. Para levar a picape na versão que testamos será preciso gastar bem mais do que isso (R$ 135 mil). Talvez, por conta disso, a Toro fique mesmo apenas no sonho de muita gente.

Fiat Toro Volcano

  • A partir de R$ 120.670
  • Versão que testamos: R$ 135.739
Ficha técnica
  • Motor: 2.0 turbodiesel
  • Câmbio: automático de 9 marchas
  • Tração: 4x4
  • Potência: 170 cv
  • Torque: 35,7 kgfm
  • Velocidade máxima:  188
  • Aceleração: (0 - 100 km/h) 10 s
  • Altura: 1783 mm
  • Comprimento: 4915 mm
  • Entre-eixos: 2990 mm
  • Peso: 1871 kg

 

 

 

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