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Estado de Minas TEST DRIVE

Confira nossas impressões a bordo do Fiat Mobi

Versão Drive dá mais fôlego ao subcompacto, reforça sua característica essencialmente urbana, mas nada muito além disso


postado em 23/03/2017 10:00 / atualizado em 23/03/2017 13:52

Faróis grandes dão mais amplitude ao desenho da frente(foto: Bruno Vasconcelos/DP)
Faróis grandes dão mais amplitude ao desenho da frente (foto: Bruno Vasconcelos/DP)
A compra de um carro envolve muito mais do que aspectos técnicos, como consumo de combustível, capacidade volumétrica do porta-malas ou potência do motor. O fator passional pesa e muito, principalmente em países como o Brasil, onde o automóvel é símbolo de status. Alguns carros apelam para a emoção dos consumidores, com um visual arrebatador ou um interior caprichado no luxo e tecnologia. Não é o caso de nosso test drive. O Fiat Mobi não inspira poetas, não faz os pescoços virarem quando desfila pelas ruas e tampouco é um “porto digital” de tecnologia. O Mobi é racional.
 
A categoria dos subcompactos nasceu na Ásia e logo ganhou os grandes centros da Europa. São carros essencialmente urbanos, feitos para ocupar pouco espaço, consumir pouco combustível e poluir menos. O brasileiro ainda resiste a esse segmento. A Volkswagen teve que penar muito para fazer o pequeno up! decolar nas vendas. Era raro ver um nas ruas em seu primeiro ano de vida. O mesmo está acontecendo com a Fiat agora. Por ser um modelo de entrada, o Mobi deveria ser o mais vendido da marca no Brasil. Entretanto, em janeiro, o compacto foi o quarto mais vendido da montadora, perdendo até mesmo para a cara picape Toro. O Mobi tem um visual simples, sem extravagâncias, mas que é bem resolvido. Isso quer dizer que o desenho é uniforme: A dianteira “conversa” com a lateral, que “fala” o mesmo idioma da traseira. Quem vê o Mobi apenas por fora pode até imaginar que o modelo é excessivamente pequeno por dentro, mas não é. Pelo menos não para quatro passageiros.
Mas é na mecânica que o Mobi mostra toda sua racionalidade.
 
Na traseira, destaque para a tampa do porta-mala de vidro (foto: Bruno Vasconcelos/DP)
Na traseira, destaque para a tampa do porta-mala de vidro (foto: Bruno Vasconcelos/DP)
O novo motor Firefly 1.0 três cilindros finalmente chegou ao compacto - mas apenas na versão Drive, que testamos. Com potência máxima de 77 cv e torque de 10,9 kgfm, o pequeno faz bonito na cidade. Com saídas rápidas e uma desenvoltura no trânsito, o Mobi deixa muito carrão para trás. E isso tudo com um consumo de combustível que impressiona pela economia. Rodando em ruas pouco congestionadas (sim, isso existe no Recife fora dos horários de pico), o computador de bordo marcava um consumo de 14,7 km/l com o ar-condicionado. Tem gente que pode achar que não é grande coisa. Mas é importante ressaltar que a unidade que testamos tinha um motor novinho, com cerca de 3.200 km rodados, o que significa que a tendência é que o carro fique ainda mais econômico com o passar dos quilômetros.

Porém, toda essa “saúde” do Mobi na cidade não se repete na estrada. Levamos o carro até Natal (RN) e a impressão que ficou é que o pequeno tem “alergia” às rodovias. Mesmo sendo razoavelmente bom de curvas e de ter uma direção elétrica bem direta e sensível, o Mobi sofre de falta de fôlego na estrada. As ladeiras sempre vinham acompanhadas de uma redução de marcha e as retomadas também exigiam uma boa dose de paciência do motorista. O motor três cilindros sofre com a falta de potência em baixas rotações, isso explica as constantes reduções de marcha.

Como você leu no começo de nossa avaliação, o Mobi é um subcompacto urbano. Ele é feito andar na cidade; quase não tem porta-malas (210 litros) porque na cidade você não leva bagagens; e tem uma direção levíssima, o que ajuda na hora de estacionar. Ou seja: o Mobi sente-se muitíssimo bem nas ruas dos centros urbanos. E você também vai se sentir assim.
 

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