Na musculatura, o motor, equipado com a tradicional arquitetura de quatro cilindros em linha, dotado de injeção eletrônica e refrigeração líquida, com 998cm³, passou de 182cv para 188cv a 12.500rpm, equivalentes, por exemplo, a três vezes mais que a potência de um carro popular, com motor de 1.000cm³. O motor teve a potência elevada e o peso reduzido em cerca de um quilo, graças ao emprego de componentes mais leves em sua construção.
Segredo
As propostas de uso e concepção dos motores de carros e motocicletas são completamente distintas, mas dão noção do potencial e grau de ferocidade e esportividade que a nova Kawasaki Ninja ZX-10R oferece, ainda mais com peso a seco (não-declarado) em torno dos 180kg. Com esses números, a badalada relação peso/potência gira em torno de 0,95kg/cv, ou pouco menos de um quilo, para cada cavalo de potência. Para domar a enorme cavalaria e deixar a moto guiável por pilotos comuns, o segredo foi adotar tecnologia.
Visual
O quadro ficou compacto e também mais rígido, para suportar as novas exigências de esforço, com motor mais potente. A balança da suspensão traseira, no estilo banana, inspirada nas competições, também foi refeita. As exigências ambientais, cada vez mais severas, provocaram outras mudanças. O escape com saída alta deu lugar ao de saída baixa e lateral (direita), com formato mais largo, para abrigar o novo sistema catalizador, mais volumoso e eficiente.
Curiosamente, os piscas dianteiros foram encaixados em posição inédita, dependurados nas hastes dos espelhos. A carenagem também é diferente, com a frente mais bicuda. Já a traseira tem farolete com leds e suporte de placa dependurado. A suspensão dianteira (Kayaba) é invertida, com tubos de 43mm e 120mm de curso, e a traseira, mono, com 125mm de curso, ambas reguláveis. O freio dianteiro tem duplo disco margarida, com 320mm e pinças (Tokico) de quatro pistãos. O disco traseiro tem 220mm.