A posição de pilotagem é mais em pé, oferecendo praticidade no dia a dia - Foto: Fotos: Suzuki/DivulgaçãoA nipônica Suzuki inovou ao lançar o novo modelo Gladius 650, em 2008. Em vez das famosas pistas europeias, ou salões de badalados hotéis, escolheu como vitrine o sofisticado espaço da consagrada grife Dior, em Paris. Tudo para associar a imagem da nova moto ao requinte que prometia nas ruas. Trata-se de uma estratégia de marketing, para dar mais status ao modelo, que, curiosamente, ao contrário do que se poderia supor, tem vocação muito mais utilitária do que luxuosa. A versão 2009 chega agora ao mercado, sem grandes alterações.

Ainda pegando "carona" em uma possível sofisticação, a Gladius é nitidamente inspirada nas cobiçadas italianas Ducati Monster. Inicialmente, vai abastecer os mercados da Europa e dos Estados Unidos, para depois disputar outras praças. O Brasil não está descartado, em função de algumas coincidências. Com dois cilindros em V, inclinados em 90 graus, o motor foi herdado dos modelos SV 650 e também equipa as V-Strom 650, que são importadas oficialmente para o Brasil.

Com mecânica semelhante, a logística de manutenção seria facilitada.

Gladiador
O "empecilho" é a presença como modelo oficial de linha do modelo Bandit 650, embora sua motorização, com quatro cilindros em linha, resulte em maior custo, em relação aos dois cilindros da Gladius. Já o nome é uma menção aos gladiadores do coliseu da Roma antiga, sugerindo uma moto brigadora e forte. Entretanto, o mesmo coração que bate na Gladius também equipa a concorrente Cagiva Raptor 650, além das primas SV e V-Strom 650. Com 645 cm³, o motor tem injeção eletrônica, refrigeração líquida e quatro válvulas por cilindro. O motor desenvolve 67 cv a 8.800 rpm.

Para aumentar a gama de consumidores, o modelo tem banco mais baixo, a 795 mm do chão, facilitando as manobras nos centros urbanos. Já nas estradas, para conferir maior agilidade em trechos sinuosos, as rodas têm aros de 17 polegadas em liga leve, como nas superesportivas. Por outro lado, como nas motos utilitárias, sem muitas pretensões esportivas, a balança da suspensão traseira (do tipo mono) e o quadro são em aço, e não em alumínio. Dessa forma, a construção fica mais barata, tornando o modelo mais acessível, mas também mais pesado.

Detalhes
O peso a seco é de 202 kg. Para ficar mais parecida com as Monster, o quadro tem uma parte em treliça, que é uma espécie de marca registrada dos modelos Ducati. Outro detalhe coincidente é o formato do tanque de combustível, em arco, com capacidade para 14,5 litros. Já o farol, ovalado, lembra o de outra badalada italiana: a MV Agusta Brutale. Com elementos digitais e analógicos, o painel foi inspirado em família, já que é parecido com o da Suzuki B-King e tem indicador de marcha engatada, do câmbio de seis velocidades.

A suspensão dianteira é convencional, com tubos de 41 mm e possibilidade de regulagem. Os freios são a disco, sendo um par de 290 mm de diâmetro, com pinças Tokico, na dianteira; e um 240mm de diâmetro, na traseira. Como opcional, a Gladius pode ser equipada com sistema de freios ABS. O visual inclui ainda capas laterais para o radiador, escape com saída baixa e mais curta. Na traseira, largas alças para apoio da garupa, que descrevem uma curva para se integrarem ao conjunto óptico traseiro. Já o banco, em dois níveis, tem apliques em outra tonalidade de cor.
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