DE MOGI GUAÇU (SP) - O belo visual da esportiva Honda CBR 500R foi nitidamente inspirado no foguete CBR 1000RR Fireblade. As semelhanças, porém, terminam na aparência. O novo modelo faz parte de uma família que tem a street naked CB 500F e a aventureira CB 500X, que ainda será lançada. Todas usam o mesmo motor de dois cilindros em linha, quadro, freios e diversos outros componentes. Com tantos elementos compartilhados, para atender segmentos tão distintos, a esportividade pura e genuína também acaba ficando dividida e se encaixa como porta de entrada para esportivas maiores, além de resgatar a mística dos motores 500, ausentes do mercado há mais de uma década.
O efeito colateral do compartilhamento da mesma estrutura com as irmãs produziu um modelo mais versátil. A CBR 500R também é capaz de rodar no dia-a-dia das cidades, sem torturar e maltratar o piloto com uma ergonomia ortopédica exigida pelas esportivas do tipo puro sangue. Os semi-guidãos, como manda a tradição do segmento, não são tão baixos e as pedaleiras não são tão altas, proporcionando uma pegada esportiva sem comprometer o conforto. O banco, com assentos destacados, também segue a linha esportiva, compondo o visual, mas oferece comodidade para o piloto mesmo para jornadas mais longas.
A CBR 500R é capaz de mudar de direção sem esforço e sem cansar o piloto, fazendo de uma sequência de curvas uma espécie de parque de diversões, mesmo com quadro e suspensões convencionais, por conta de um conjunto bem casado, que funciona de forma eficiente. Para ajudar na tarefa, rodas em liga leve, com aros de 17 polegadas de diâmetro, que deixam o comportamento mais arisco nas tomadas de curvas, característica típica dos modelos esportivos. Porém, em uma pilotagem mais radical, as pedaleiras tocam o solo, pagando o preço de uma fixação mais baixa para conferir maior versatilidade.
VERSÕES Os freios são precisos e transmitem segurança. Na dianteira apenas um disco, mas com 320mm de diâmetro e na traseira um disco de 240mm de diâmetro.
O painel é totalmente digital, inclusive o conta-giros, com gráfico de barras progressivas, em vez do tradicional analógico, mais presente nas superesportivas pela facilidade de leitura. Conta também com indicador de consumo médio e instantâneo, além de relógio de horas, velocímetro e indicador de nível do tanque que comporta 15,7 litros. O propulsor bicilindríco de 471cm³ de cilindrada, equipado com injeção eletrônica e refrigeração líquida, fornece 50,4cv a 8.500rpm e torque de 4,55kgfm a 7.000rpm.
* Viajou a convite da Honda
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