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Aventuras virtuais

Kawasaki Versys-X 300 herda conjunto mecânico da Z-300 e da Ninja 300 e chega em 2017

O painel é completo, inclusive com computador de bordo - Foto: Kawasaki/DivulgaçãoA família Versys, que já tem no Brasil os modelos 650 e 1000, vai ganhar um novo integrante em 2017. Trata-se da pequena aventureira Versys-X 300, que vai desembarcar por aqui no segundo semestre. O conceito de família também se mistura com outras linhas, pois o novo modelo usa o mesmo conjunto mecânico da street naked Z-300 e da esportiva Ninja 300, também já comercializadas no país. Um motor de dois cilindros em linha e 296cm³ de cilindrada, com arrefecimento líquido, oito válvulas, que fornece 39cv a 11.000rpm e torque de 2,8kgfm a 10.000rpm.

Como a proposta de utilização da nova Versys-X 300 é mista, estilo aventureira “de gravata”, mais para estripulias nos ralis urbanos, todo o restante do conjunto é novo e exclusivo. Começando pelo visual encorpado, com tanque que comporta 17 litros e promete uma autonomia de cerca de 400 quilômetros, com aletas laterais e bloco óptico frontal com direito a para-brisa alto. A posição de pilotagem também é típica das motos do tipo cidade e campo. Guidão mais largo e ergonomia mais em pé. Porém, o banco é em dois níveis, o que dificulta a movimentação na terra.

BRIGA Em passado não muito distante, as motos, na sua maioria, eram divididas em faixas de cilindrada que iam dobrando.
125, depois 250, em seguida 500 e 1000. Atualmente, a classificação não segue mais o padrão, criando seus próprios segmentos, muitas vezes intermediários, como a Versys-X 300, que, entretanto, já vai chegar brigando com a BMW G 310 GS, por exemplo (que também será produzida no Brasil), e até com a Honda XRE 300. Por outro lado, embora, ainda sem preço, certamente vai ficar em um patamar bem superior às 250 do mercado.

As rodas são raiadas, mas os pneus mais apropriados para o asfalto - Foto: Kawasaki/DivulgaçãoO nível de requinte e sofisticação pode fazer a diferença. A nova Kawasaki Versys-X 300, além do motor com dois cilindros paralelos, tem freios a disco com ABS e painel completo, exclusivo e não herdado de outros modelos da marca, equipado com o conta-giros analógico e tela digital, com indicadores de marcha engatada, de nível de combustível e de temperatura do motor e do ambiente externo, além de hodômetro total e parcial, luzes de advertência, computador de bordo e da função ECO, que indica uma pilotagem mais econômica.

O banco é em dois níveis e o escape tem saída baixa - Foto: Kawasaki/DivulgaçãoCARACTERÍSTICAS O quadro também é próprio. Tem viga central de aço, com o motor fazendo parte da estrutura, para economizar peso. A suspensão dianteira é convencional, não invertida, com tubos de 41mm de diâmetro e curso alongado. A suspensão traseira é do tipo mono, com possibilidade de regulagem na pré-carga.
As rodas são raiadas, com aro de 19 polegadas na dianteira e 17 na traseira, como em uma fora de estrada. Porém, os pneus de medidas 100/90 na dianteira e 130/80 na traseira são de uso mais estradeiro e de asfalto, assim como o para-lama dianteiro bem junto à roda.

- Foto: Kawasaki/DivulgaçãoOutra característica que contraria o jeitão aventureiro é o escapamento. Junto ao motor tem uma proteção tipo “peito de aço” (em material plástico), mas a saída é baixa e vulnerável para utilização mais radical. A linha Versys, que completa 10 anos, também oferece uma vasta lista de acessórios, como faróis auxiliares com LED, bauleto central, malas laterais, cavalete central e protetor de motor estilo “mata-cachorro”. O câmbio tem seis marchas e embreagem deslizante, para reduções mais esportivas. A cor verde “cheguei”, tradicional da marca, também é oferecida.

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