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Honda CMX 500 Rebel é uma custom voltada para o consumidor mais jovem

Os aros são menores, mas os pneus mais grossos, compensando as medidas - Foto: Honda/Divulgação
Assim como nos automóveis, as montadoras de motocicletas idealizam famílias, com versões de modelos para diferentes segmentos, compartilhando o conjunto mecânico, quadro, freios, suspensões, painel e o que mais for possível. Tudo para otimizar a produção, simplificar a logística, baratear os custos e maximizar os resultados. No Brasil, a Honda conta com a família CB 500, que compartilha os mesmos componentes mecânicos entre os modelos CB 500F naked, CB 500X de uso misto e a esportiva CBR 500R.


A mais nova componente deste grupo é a recém-apresentada CMX 500 Rebel, mostrada em novembro na Califórnia, Estados Unidos, com estilo “tipo custom”. A nova moto, que chegará ao mercado em abril, primeiramente nos EUA, mira o consumidor mais jovem, exatamente para abastecer um segmento bastante apreciado na terra do Tio Sam. Porém, pelas facilidades de produção e compatibilidade com as “irmãs” já instaladas aqui, poderia se tornar o quarto elemento e preencher um nicho e cilindrada ainda não ocupado pela marca no Brasil.

O painel fica restrito a uma pequena tela digital no centro do guidão - Foto: Honda/Divulgação
NOME O batismo Rebel, ou rebelde, já sinaliza o caráter mais descolado que a marca pretende associar ao modelo. Esse mesmo nome, entretanto, já foi usado pela Honda em modelos 450cm³, de 1986, 250cm³ e 125cm³, de 1995, também custom, com garfo mais aberto, banco baixo e pedaleiras mais avançadas. A nova Rebel 500, contudo, assume características Bobber, mais radicais para justificar o batismo, sem cromados, com para-lamas mais curtos, sem supérfluos, para ficar mais leve, melhorando a dirigibilidade e o desempenho.

Essas particularidades também obrigaram a adoção de componentes não compartilhados com as irmãs da família. Assim, o quadro de tubos de aço tem desenho próprio e também é aproveitado no igualmente novo modelo Rebel 300, com motor de um cilindro, semelhante ao da nossa CB 300.
Ainda para compor o estilo, as rodas de liga leve, com aros de apenas 16 polegadas de diâmetro, são calçadas com pneus-balão, bem mais grossos, de medida 130/90 na dianteira e 150/80 na traseira, compensando a redução dos aros.

Bolsas de couro compõem o estilo custom do modelo - Foto: Honda/Divulgação
MOTOR
O motor da Rebel 500 é o mesmo das irmãs, com arquitetura de dois cilindros paralelos de 471cm³, equipado com injeção eletrônica e refrigeração líquida. Porém, foi ajustado para oferecer um torque maior em baixos giros e atender às exigências do segmento. Desenvolve 46,2cv a 8.500rpm e torque de 4,4kgfm a 6.000rpm. O escape, com saída baixa, tem uma só ponteira, pintada de preto, assim como o motor, o quadro, rodas, capa dos amortecedores, capa do farol e do único instrumento do painel, além do guidão e dos retrovisores.

Os freios são a disco, com sistema ABS - Foto: Honda/Divulgação
O painel, dentro do conceito minimalista Bobber, fica restrito a uma pequena tela digital no centro do guidão. A suspensão dianteira é convencional, com tubos de 41mm de diâmetro. A suspensão traseira, com dois amortecedores, é Showa. O câmbio, como nas irmãs, tem seis marchas, mas o banco, tipo selim, fica a apenas 690mm do chão, separado do assento do passageiro, que é removível.
Os freios são a disco, com sistema ABS, e o tanque comporta 11,2 litros. Como opcionais, a marca oferece tomada 12V, bolsas laterais e para-brisa.
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