A italiana Ducati, que já tem um pé no Brasil e coração nas pistas, reforçou sua linha de superesportivas com a chegada da 959 Panigale, depois de ser apresentada no Salão de Milão, em novembro do ano passado. O modelo é uma evolução da Panigale 899 (que nem chegou a ser comercializada no Brasil), mas o visual segue o figurino da irmã maior Panigale 1299. Uma espécie de baby Panigale, porém, com todos os recursos eletrônicos da família, muitos componentes mecânicos comuns, além do tradicional motor de dois cilindros dispostos na configuração em L.
O nome Panigale é uma homenagem à cidade onde nasceu Borgo Panigale, região de Bologna, Norte da Itália, em 1926, e onde ainda atua. Mas o número que acompanha o nome não é exatamente a referência ao tamanho do motor, só para confundir. Desta forma, o modelo conta com 955cm³ de cilindrada no propulsor, que entrega 157cv a 10.500rpm, além de um torque de 10,96kgfm a 9.000rpm. Uma tropa respeitável, embora bem inferior aos 195cv da irmã maior Panigale 1299. Com isso, também fica mais amigável e versátil, sem perder a pegada esportiva.
DESMO O que não muda é o sistema de acionamento de válvulas do motor, batizado de desmodrômico, que evita a flutuação, proporcionando maior desempenho em altos giros. Uma espécie de marca registrada da Ducati, que também incorporou um amplo pacote eletrônico que gerencia o controle de tração, que impede a roda traseira de patinar nas acelerações; o assistente de troca de marchas, que permite passar as marchas sem usar a embreagem e sem desacelerar, ganhando tempo; e o controle dos freios com ABS e o acelerador eletrônico.
O conjunto permite três modos de condução.
ESCAPE Como na irmã maior, o quadro é uma estrutura de alumínio que abraça o motor por cima, como uma espécie de casca, para aumentar a rigidez torcional. A diferença é que a Panigale 959 não conta com a balança da suspensão traseira do tipo mono-braço, mas convencional, com duplo braço em alumínio. Além disso, a suspensão traseira, com amortecedor Sachs regulável e 130mm de curso, fica na horizontal. A suspensão dianteira Showa é invertida, com tubos de 43mm de diâmetro e 120mm de curso, também totalmente ajustável.
O que destoa é o escapamento, com dupla ponteira lateral de grandes proporções, diferentemente da irmã maior. A configuração é para atender às rígidas normas de emissões de poluentes.