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Misto quente e frio

A Ducati SuperSport S tem jeito de brava, mas transita na cidade com muita desenvoltura

Além de luz diurna em LED, o modelo tem pintura em duas cores, o tradicional vermelho e o branco - Foto: Ducati/Divulgação 

A italiana Ducati, instalada oficialmente no Brasil, vai trazer até o fim do primeiro semestre, ainda sem preço definido, o novo modelo SuperSport S, a esportiva de entrada da montadora. Lançada há pouco menos de um ano, tenta conciliar o DNA esportivo da marca com pilotagem mais confortável e menos radical, para também encarar utilização cotidiana. Embora seja esteticamente semelhante à superesportiva Panigale 959 (a menor das Panigale e também comercializada no Brasil), mecanicamente a SuperSport S tem muitas diferenças.

A esportiva tem peças de fibra de carbono e alumínio, além de pedal de marchas articulado - Foto: Ducati/Divulgação
A pegada é outra. Enquanto a 959 tem motor que desenvolve 157cv, quadro de alumínio e posição de pilotagem superesportiva como todas da família Panigale, a SupeSport S tem motor com 937cm³ com clássicos dois cilindros dispostos em L, e comando de válvulas desmodrômico, batizado de Testastretta 11º, que também equipa os modelos Hypermotard e Multistrada 950 (esta também vendida no Brasil), porém, com ajustes no cabeçote e acelerador, que desenvolve 113cv a 9.000rpm e torque de 9,8kgfm a 6.500rpm, além de semi-guidãos mais altos para uma pilotagem mais relaxada.

 

 

ESTRUTURA O quadro também tem o tradicional desenho em treliça usado pela marca, só que em tubos de aço em vez de alumínio, com o motor fazendo parte da estrutura. Entretanto, somente a versão S, mais sofisticada (e também mais esportiva), com equipamentos de ponta, vem para o Brasil. A suspensão dianteira, por exemplo, é a refinada Ohlins invertida, com tubos de 48mm de diâmetro e 130mm de curso. A suspensão traseira, também Ohlins, do tipo mono, está ancorada em robusto braço único lateral em alumínio, com 144mm de curso.

Ambas plenamente ajustáveis.

Motor com dois cilindros em L fornece 113cv - Foto: Ducati/Divulgação
Os freios seguem o padrão esportivo, com dois discos de 320mm de diâmetro na dianteira, equipados com pinças radiais Brembo monobloco de quatro pistãos. Na traseira, disco simples de 245mm de diâmetro, com pinça de dois pistãos. Ambos com sistema ABS. A parte esportiva também conta com pneus de Diablo Corsa, calçados em rodas de liga leve de 17 polegadas. A parte mais “touring” e recatada conta com para-brisa ajustável mecanicamente em 50mm na altura, para maior conforto aerodinâmico em viagens, banco único e destoante escape de saída dupla.
O para-brisa pode ser regulado na altura - Foto: Ducati/Divulgação
ELETRÔNICA A Ducati também oferece um pacote opcional “touring”, que inclui manoplas aquecidas, para-brisa ainda maior e malas laterais para levar a tralha. Também estão disponíveis os pacotes Urban, com alarme, bolsa de tanque e pedaleiras com borracha, além do pacote Sport, com peças em fibra de carbono e alumínio, além de pedal de marchas articulado. Tem ainda uma série de itens individuais, como amortecedor de direção, escape esportivo de titânio, banco com regulagem de altura, capa do banco, entre outros.

Freios e suspensões são mais esportivos - Foto: Ducati/Divulgação
A eletrônica também é capaz de mudar o comportamento da SuperSport S, que pode ficar mais dócil ou bastante nervosa, embora não seja uma superesportiva “puro-sangue”.

O acelerador é eletrônico e comanda três modos de pilotagem: Sport, Touring e Urban, quando a potência cai para 75cv. Além disso, conta com controle de tração em oito níveis, sistema de troca de marchas (quick shift), sem uso da embreagem e sem desacelerar (subindo ou reduzindo marchas), painel digital, além de luz diurna em LED, e pintura em duas cores, o tradicional vermelho e o branco.
A eletrônica tem controle de tração, modos de pilotagem e quick shift - Foto: Ducati/Divulgação

Escapamento tem ponteira dupla, reforçando a esportividade do modelo - Foto: Ducati/Divulgação

 

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