Exclusividade é uma das características mais marcantes da centenária marca americana Harley-Davidson, instalada oficialmente no Brasil. É que os modelos são personalizados assim que saem da vitrine, incorporando os diversos acessórios e equipamentos que vão tornar aquele exemplar único. Para reforçar a personalização, a Harley-Davidson criou a divisão CVO (Custom Vehicle Operations), que garante a exclusividade de fábrica, com sofisticação de equipamentos, pintura e decoração, além de maior desempenho.
O modelo Road Glide, na versão CVO, chega ao mercado nacional equipada com o maior motor já utilizado em linha pela marca. O tradicional dois cilindros em vê, inclinados em 45 graus, com refrigeração a ar e óleo, fornece um torque digno de caminhão “trucado”, atingindo 17,23kgfm a apenas 3.500rpm. O propulsor é derivado do projeto Milwaukee-Eight, só que turbinado para 117 polegadas cúbicas, com a chancela Screamin' Eagle (também preparadora de fábrica), que corresponde a 1.923cm³ de cilindrada.
TUBARÃO Com visual Bagger, a Road Glide CVO é uma touring preparada para encarar as estradas. A frente bem mais alta com carenagem de faróis duplos foi batizada de nariz de tubarão, enquanto a traseira é mais baixa, com as bolsas laterais para a bagagem. A carenagem abriga também um pequeno para-brisa fumê. Para melhorar o conforto aerodinâmico e ventilação, a peça conta com entrada de ar frontal e laterais, que podem ser abertas.
Para entretenimento, a Road Glide CVO conta com quatro alto-falantes de 150 watts de potência (dois na carenagem dianteira e dois nas bolsas traseiras) da marca Boom, além de fones de ouvido sem fio com bluetooth, que permitem conversar tanto com o passageiro quanto com os pilotos das motos ao redor em caso de viagens em grupo. O sistema também recebe comandos vocais, além dos que existem no guidão, em forma de joystick. O multimídia também conta com navegação por GPS na tela colorida de 6,5 polegadas, que é sensível ao toque mesmo de luvas.
ANDANDO Além da tela, o painel conta com instrumentos convencionais, com relógios para o velocímetro, conta-giros, nível de combustível e bateria. O banco baixo facilita o embarque e desembarque, além de encaixar bem o piloto para rodar grandes distâncias em parceria com uma ergonomia de pés em plataformas e guidão mais largo. As rodas são em liga leve, com 21 polegadas de diâmetro na dianteira. A roda maior deixa as mudanças de direção um pouco mais lentas, mas também suporta melhor as irregularidades do piso e “corta” as estradas como uma locomotiva.
Na hora de acelerar, o “vedoizão” 117 faz diferença, empurrando forte sem discutir, especialmente nas retomadas.