A marca inglesa Triumph modernizou o modelo Street Triple com uma profunda reformulação no motor, que saltou dos antigos 675cm³ de cilindrada para 765cm³, resultando em mais potência e torque. São duas versões disponíveis: a RS é a mais sofisticada, com requintes de acabamento como painel com tela TFT (de alta definição de imagem), além de eletrônica e suspensão traseira Ohlins que dão desempenho quase de pista; e a S, considerada de entrada, mais versátil e urbana, justificando o nome Street.
O sobrenome Triple é em alusão à arquitetura de motor, com três cilindros em linha, que virou uma espécie de marca registrada da montadora, que está oficialmente instalada no Brasil, com fábrica em Manaus. O novo propulsor, herdado da esportiva Daytona, ganhou cerca de 80 modificações e fornece 113cv de potência a 11.250rpm, contra os 85cv da versão anterior. O torque, ou a “musculatura”, também foi aumentado e atinge 7,45Kgfm a 9.100 rpm. Este mesmo motor, devidamente preparado, vai equipar todas as motos do mundial de motovelocidade, na categoria Moto2, em 2019.
VERSÃO O modelo Street Triple S tem painel com tela digital em LCD, com o conta-giros analógico em formato tradicional, arredondado, além de indicador de marcha e computador de bordo. A eletrônica é mais resumida em relação à versão RS, que tem cinco mapas de motor, incluindo um programável com quickshifter. A versão S conta com dois modos de condução, Rain (para chuva ou pisos escorregadios, com entrega de potência mais progressiva) e Road (com aproveitamento de toda a cavalaria e torque) mantendo o controle de tração e o acelerador eletrônico.
O acabamento também é diferenciado em relação à versão RS, mas mantém o padrão elevado. O banco, com altura de 810mm em relação ao solo, tem o tradicional revestimento liso, sem costuras, que também está presente na versão RS.
ANDANDO Outra característica da Street Triple S é que a suspensão dianteira tem ângulo de fixação ligeiramente diferente (trail e cáster maiores), o que também contribui para maior versatilidade e conforto inclusive nas cidades. Na dianteira um conjunto Showa invertido com tubos de 41mm de diâmetro e 110mm de curso. Na traseira, suspensão do tipo mono, ancorada em robusta balança mono braço, com 124mm de curso e possibilidade de regulagem apenas na pré-carga.
O motor “redondo”, com curva de torque mais plana, reage sem reclamar, mesmo em giros mais baixos, facilitando a pilotagem. A ergonomia deixa o piloto levemente inclinado, pronto para o ataque. Já a defesa, nos freios, com sistema ABS, tem dois discos de 310mm na dianteira com pinças Nissin e um na traseira com 210mm. O visual naked, com os dois faróis “esbugalhados” e micro carenagem, foi mantido, assim como o escape de saída curta e baixa e a traseira afilada. O tanque comporta 17,4 litros, e o peso a seco é de 166kg.
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