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Husqvarna 701 Vitpilen quer mostrar que também é boa no asfalto

O motor de um cilindro entrega 75cv de potência e 7,4kgfm de torque - Foto: Mário Villaescusa/Husqvarna/Divulgação
Apresentada no final de 2015 durante o Salão de Milão, a Husqvarna 701 Vitpilen chega oficialmente ao Brasil com preço sugerido de R$ 79.900. A marca de origem sueca é controlada atualmente pela austríaca KTM, que também já flertou com a italiana Cagiva e com a alemã BMW. Em todos esses namoros, a Husqvarna incorporou novas tecnologias e filosofias, diversificando sua linha, bastante conhecida pela excelência no segmento do fora de estrada. A 701 Vitpilen faz parte deste esforço para ampliar o leque e também ganhar o asfalto.


O modelo tem desenho ousado, estilo café racer futurista, e faz parte da família Flecha, que também conta com a irmã menor 401 Vitpilen (que em sueco significa Flecha Branca) e a prima estilo scrambler 401 Svartpilen (Flecha Negra). O motor monocilíndrico é nervoso, com 692,7cm³ de cilindrada, quatro válvulas e refrigeração líquida, entregando 75cv de potência a 8.500rpm e um considerável torque de 7,4kgfm a 6.750rpm. O propulsor é herança da KTM, o mesmo usado no modelo Duke 690, aproveitando a simbiose entre as montadoras.

O quadro em treliça, com tubos de aço, deixa o motor à mostra - Foto: Mário Villaescusa/Husqvarna/Divulgação
POTÊNCIA O motor que equipa a 701 Vitpilen é considerado o mais potente do mundo com arquitetura de um cilindro. Entretanto, a vitamina também causa efeitos colaterais. O propulsor exibe sua musculatura em giros mais elevados, exigindo também um trabalho mais constante do câmbio de seis marchas, especialmente em velocidades mais baixas.
Por outro lado, conta com o sofisticado sistema quickshift de duas direções, que permite trocar as marchas sem utilizar o manete de embreagem (que é deslizante) e sem desacelerar, mesmo nas reduções de marchas.

Suspensões dianteira e traseira são reguláveis - Foto: Mário Villaescusa/Husqvarna/Divulgação
O motor nervoso igualmente contribuiu para adoção de uma pegada mais esportiva na ergonomia de pilotagem, deixando o corpo mais inclinado para a frente, além de semiguidões mais baixos para os braços. O estilo compacto também inclui um banco mais estreito e curto, que avança sobre o tanque e termina flutuando em cima da roda traseira, além de estar integrado à lanterna traseira de LED. O farol redondo conta com luz diurna (também de LED), que acompanha sua circunferência, transmitindo sofisticação ao conjunto.

O painel tem apenas um relógio redondo que concentra todas as informações - Foto: Mário Villaescusa/Husqvarna/Divulgação
ESTILO O painel tem um único e estiloso “relojão” redondo, além de uma tela digital no centro, que concentram todas as informações, porém sua leitura é um pouco confusa. O quadro segue a arquitetura em treliça, com tubos de aço conferindo rigidez e requinte ao deixar parte do motor à mostra. O modelo também conta com acelerador eletrônico, permitindo a adoção do controle de tração, o que é bastante útil para motores com maior performance, pois impede a roda traseira de patinar nas acelerações mais radicais. Porém, se o piloto quiser ainda mais adrenalina, pode desligar essa função.

O farol tem luz diurna circular - Foto: Mário Villaescusa/Husqvarna/Divulgação
Os freios ABS acompanham o desempenho. Na dianteira, disco de 320mm de diâmetro com pinça radial Brembo de quatro pistões.
Na traseira, disco de 240mm. As suspensões são da casa, já que a marca WP é ligada à KTM, e conta com sistema invertido na dianteira, com tubos de 43mm de diâmetro e 135mm de curso. A traseira, mono, igualmente tem 135mm de curso. Ambas são reguláveis. O estilo compacto e minimalista permite, além da adoção de materiais nobres, como rodas em liga leve de 17 polegadas, expressiva redução de peso, facilitando ainda mais a pilotagem.

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