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MISTURA

Yamaha XSR 700 2021: filhote veloz que mistura detalhes retrô e modernidade

O para-lama traseiro é bastante curto, em contraste com o dianteiro, que é mais envolvente - Foto: Yamaha/Divulgação 

A Yamaha XSR 700, com estilo vintage, foi apresentada em 2015, praticamente junto com a MT-07, da qual herda o conjunto mecânico. Uma estratégia da Yamaha em transformar modelos da família MT em motos neoclássicas, formando a nova família XRS, que também conta com a XRS 900, derivada da MT-09, além da XRS 155, baseada na MT-15, disponível no mercado asiático. A logística e os custos de produção são minimizados, assim como a manutenção, uma vez que são modelos mecanicamente semelhantes, embora destinadas a segmentos diferentes.


O modelo MT-07 já é vendido no Brasil, o que facilitaria também a comercialização do “filhote” XRS 700, embora não exista confirmação, em um nicho de mercado bastante explorado no Brasil pela Triumph, por exemplo, com os modelos clássicos da linha Bonneville. O conceito Faster Sons, algo como filhos velozes, foi a inspiração na concepção da linha XRS, influenciada também pela antiga linha XS, com estilo clássico moderno, incorporando novas tecnologias embarcadas, que as tornam tão eficientes e rápidas quanto os modelos “mães”, justificando a ousada definição.
As rodas são em liga leve, com aros de 17 polegadas, fazendo o contraste - Foto: Yamaha/Divulgação
CRIAÇÃO O projeto visual da XRS 700 foi encomendado ao estúdio Chabott Engineering do customizador Shinya Kimura, que fica em Azusa, Califórnia, que empregou o conceito nipônico “wabi sabi” de refinamento criativo, do rústico e do belo, em formas minimalistas. O resultado prático apresentou um modelo que adota componentes tradicionais, como o farol redondo em generoso bojo, painel de instrumentos também redondo em tela LCD, com o conta-giros tipo barra, indicador de marcha engatada, computador de bordo e função ECO, que indica a faixa de pilotagem eficiente.

O painel tem relojão redondo, mas a tela é em LCD, de fácil visualização - Foto: Yamaha/Divulgação

O propulsor Crossplane 2 (CP2), da família Master of Torque, fornece 74,8cv e 6.9kgfm de torque - Foto: Yamaha/Divulgação


A iluminação do painel pode ser ajustada para melhor visualização. A lanterna traseira obedece ao padrão vintage em peça redonda, porém, a iluminação é composta por 19 LEDs. O banco, com altura de 835mm, como nos modelos clássicos, é quase plano, em ligeiro desnível, revestido com textura tipo couro e acabamento na parte posterior com inscrição XRS 700. O para-lama traseiro é bastante curto, em contraste com o dianteiro, que é mais envolvente.

O despojamento deixa o motor à mostra, também como nos modelos de linhas clássicas.
O banco é mais plano e tem inscrição XRS 700 próximo à lanterna - Foto: Yamaha/Divulgação


CONTRASTE A mistura entre o clássico e o moderno provoca um contraste que reforça o visual. As rodas, por exemplo, são em liga leve, em vez de raiadas, com aros de 17 polegadas, além de pintadas. A decoração também conta com peças em alumínio, e, na dianteira, um destacado radiador, incomum nos modelos de época, assim como o escape de saída curta e baixa. O compacto motor de 689cm³ em bloco de alumínio é integrado ao quadro em tubos de aço com arquitetura em treliça. A eletrônica está presente no sistema de injeção.

O s freios contam com sistema ABS, dois discos de 282mm de diâmetro do tipo wave na dianteira - Foto: Yamaha/Divulgação


O propulsor Crossplane 2 (CP2), da família Master of Torque, fornece 74,8cv a 9.000rpm e torque de 6.9kgfm a 6.500rpm. A suspensão dianteira é convencional, não invertida, com tubos de 41mm e 130mm de curso. A suspensão traseira é do tipo mono, com 130mm de curso e possibilidade de regulagens na pré-carga, ancorada em balança assimétrica.

O s freios contam com sistema ABS, dois discos de 282mm de diâmetro do tipo wave na dianteira, com pinças de quatro pistões. Na traseira, disco simples com 245mm de diâmetro.

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