
Em 1962, o Aero Willys passou pelo primeiro face-lift, que conferiu mais personalidade brasileira ao modelo, com novo interior, rodas, calotas e frisos. Mas esses retoques não duraram muito tempo porque ainda no fim daquele ano foi lançado o Aero Willys 2.600. O veículo foi totalmente redesenhado, passando a predominar as linhas retas, que podiam ser traduzidas como um design mais moderno. O propulsor também passou por melhorias e agora trazia dois carburadores e novos coletores de admissão que conferiram mais potência, 110cv. Mas o câmbio continuava o mesmo.
Os projetistas da Willys não gostavam de rotina e, já em 1965, apresentaram a reestilização do modelo com ênfase na traseira, que foi alongada, ganhando esportividade. Mas os retoques também alcançaram a frente e o painel do veículo. O câmbio agora era de quatro marchas (sincronizadas), que levavam o Aero aos 140km/h.
TRAJE DE GALA
No ano seguinte, a Willys apresentou o Itamaraty, modelo de luxo feito sob a mesma estrutura e mecânica do primo pobre. As diferenças eram pequenas. O Itamaraty ostentava outra grade, faroletes amarelos e lanternas horizontais. O interior era requintado, com estofamento de couro e painel de jacarandá. Em 1967, o Aero ganha novas lanternas traseiras e o Itamaraty grade com faroletes retangulares e lanternas mais longas. Mas o que mais marcou aquele ano foi a chegada do Itamaraty Executivo, uma limusine com 5,52m de comprimento (confira a galeria abaixo).

Na limusine, o espaço dos passageiros tinha dois bancos separados por um console central. O propulsor agora era de seis cilindros e 3.0 litros, com carburador de corpo duplo, que rendiam 132cv e máxima de 142km/h. Foi nesse ano que a Ford assumiu o controle da Willys e lançou o Galaxie, que competiria internamente com a linha Aero. Dois anos depois os modelos receberam motores mais potentes, 130cv para o Aero e 140cv para o Itamaraty. Em 1971, a Ford deixou de produzir os modelos.
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