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Audi A3 - Sai brasileiro, entra alemão

Modelo de entrada da marca não será mais produzido no Brasil e passa a ser importado com carroceria de três e cinco portas. Há duas opções de motorização

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

Frente do novo A3, com enorme grade trapezoidal, é comum aos modelos da marca e facilita a identificação.

Garulhos (SP) - No último dia de produção do modelo A3 na fábrica do Paraná, quinta-feira, a Audi apresentou à imprensa especializada o modelo importado. Apesar de a produção ter sido encerrada, há estoque suficiente do A3 nacional até o fim do ano. A partir de agora, o A3 passa a ser importado da Alemanha, em carrocerias de três e cinco portas. A novidade é que o modelo de cinco portas tem sete centímetros a mais de comprimento do que o de três portas importado, sendo 13cm mais longo em relação ao nacional. A distância entre-eixos permanece inalterada, mas se ganha espaço no porta-malas. O A3 é vendido com motor 1.6 e 2.0, tendo este último opção de transmissão manual ou seqüencial S tronic, ambas de seis velocidades.

O A3 importado difere um pouco do nacional e tem a nova identidade da marca, que é a grande grade frontal trapezoidal comum a toda a família. A novidade principal não pode ser percebida visualmente. A carroceria foi enrijecida e está mais resistente a torções. Há subchassis dianteiro e traseiro, o que melhora a dirigibilidade. A suspensão traseira é do tipo multibraços. O espaço interno melhorou em relação à geração anterior. O A3 importado foi lançado há dois anos no mercado europeu e as vendas começam esta semana.

Transmissão

A novidade principal do novo A3 é o sistema de transmissão seqüencial, com duas embreagens. Isso significa otimização dos engates e ga-nho em desempenho, porque as trocas são imediatas. Enquanto uma marcha é engatada, a outra já está pronta para ser acionada. Há uma embreagem para as engrenagens ímpares e outra para as pares. As trocas são automáticas ou por comandos no volante ou movimentando-se a alavanca no console. O motorista mal consegue perceber. Não há trancos, as trocas são suaves e praticamente imediatas. O sonho de todom otorista.

Traseira tem estilo discreto e modelo de cinco portas é mais comprido, com porta-malas maior.


Interior/segurança

A distância entre-eixos, um dos fatores determinantes do espaço interno, é maior em relação ao modelo nacional, mas ainda menor do que a dos concorrentes. O espaço interno é bom e, no banco traseiro, suficiente para duas pessoas. O porta-malas tem capacidade para 370 litros, com os bancos traseiros em posição normal, a mesma do Astra hatch. Todas as versões do A3 têm de série volante multifuncional de couro, rodas de liga, ar-condicionado digital, freios ABS, airbags frontais, laterais e de cortina, preparação para celular, entre outros. A ergonomia é boa, com todos os comandos bem localizados. O A3 de cinco portas tem 4,29m de comprimento; 1,76 de largura e 1,42m de altura.

Motor

A versão para test-drive na apresentação do carro foi a equipada com motor 2.0 turbo de 200cv com injeção direta e transmissão seqüencial de seis velocidades. Além das trocas rápidas e suaves, a rotação do motor sobe rápido demais. O carro atinge 100km/h em apenas sete segundos e a velocidade máxima é de 236km/h. A suspensão absorve as imperfeições do piso, apesar dos pneus de perfil baixo. A direção eletromecânica é suave e tem peso ideal em alta velocidade. O motorista sente-se seguro o tempo todo. O desempenho é de carro de corrida. O único senão é que, no limite de aderência, o carro desgarra um pouco a frente e, em seguida, solta a traseira.

Acabamento/preço

O modelo tem acabamento caprichado e bem arrematado, como convém a um compacto de segmento superior. O esmero é uma das características da marca dos quatro anéis. Não há rebarbas e cantos vivos. O A3 importado tem os seguintes preços: 1.6 3p - R$ 99.850 e 5 p - R$ 110.900 e 2.0 manual - R$ 138.621 e seqüencial - R$ 145.467. São para as versões básicas. A versão topo de linha, com todos os opcionais custa cerca de R$ 157 mil. A expectativa é vender entre mil e 1.200 unidades por ano, sendo 40% de 1.6 e 60% de 2.0.

O jornalista viajou a convite da Audi do Brasil