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Green Energy - Do virtual para o real

Carro criado no computador para divulgar a imagem da no filme Speed Racer foi transformado em veículo promocional, participando de vários eventos pelo Brasil

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

A partir do chassi de um Fórmula Ford, empresa construiu o carro seguindo fielmente o desenho original do modelo do filme

A história do Green Energy começou há dois anos, quando a Petrobras foi procurada pela empresa cinematográfica Warner Bros., que queria um parceiro para uma ação na América Latina, que incluía, entre outras coisas, uma inserção no filme Speed Racer. A empresa brasileira foi escolhida devido ao seu envolvimento com competições automobilísticas, desde a Fórmula 1 (patrocínio da equipe Williams), passando pela Fórmula Truck, até o kart.

Vrum - 13/07/08


A Petrobras aceitou a proposta, mas exigiu que a presença da marca no filme teria de ser natural. Daí surgiu a idéia de se criar um carro para competir com o famoso Mach 5, a estrela principal. Assim como quase todo o filme, cenários e os outros competidores, o Green Energy também foi criado pelos designers da Warner no computador, com a aprovação da empresa brasileira. Embora seja coadjuvante nos pegas com o Mach 5, o carro ganhou destaque na promoção da película e aparece em todas as peças publicitárias e até no videogame criado pela companhia norte-americana.

Veja mais fotos do Green Energy!
Veja mais fotos do filme Speed Racer!

Modelo tem rodas de 18 e 20 polegadas. Volante exige que piloto faça muita força


Marketing
Em setembro do ano passado, a Petrobras resolveu construir o carro, com o objetivo de transformá-lo em um veículo promocional, para participar de eventos em todo o Brasil. Foi feita uma licitação para o desenvolvimento do carro e de toda a infra-estrutura que envolve a sua participação em ações de marketing. A empresa vencedora foi a Hartman, que partiu de um chassi de um Fórmula Ford e seguiu fielmente o desenho original e as medidas do carro do filme.

A primeira providência foi alargar as bitolas dianteira e traseira, que eram diferentes das do bólido. As rodas também foram substituídas, de aro 13 para aro 18, na dianteira, e 20, na traseira. O carro também ficou 44 cm mais comprido, chegando aos 4,90 m. A largura também aumentou para 1,97 m. A carroceria foi toda feita em fibra de vidro, pela empresa Fast Parts, de Joinville (SC), especializada na criação e construção de protótipos.

Construção
A mecânica utilizada foi praticamente a mesma, incluindo motor (AP 1.6, a gasolina, de 125 cv) e suspensão. Mas o câmbio teve de ser alterado, voltando a ter a primeira marcha, que não existia no F-Ford. Foram adaptados os faróis na frente e os braços, que ficam sobre as rodas dianteiras, para os quais os engenheiros tiveram de desenvolver uma junta homocinética especial. Com tudo isso, o peso do carro aumentou de 390 quilos para 790 quilos. Depois da carenagem pronta, o carro ganhou pintura do famoso Sid Mosca. O carro estreou em 13 de abril na abertura da temporada de Stock Car, em Interlagos.

Veja como foi o videochat sobre o filme Speed Racer!

Tivemos a oportunidade de guiar o Green Energy por algumas voltas no circuito do Mega Space, em Santa Luzia. Foi o suficiente para sentir que o carro é um ótimo instrumento de marketing, mas que dá certo trabalho para o piloto: a visão é bastante prejudicada pelas duas torres que cobrem as rodas; os pedais são duros e muito colados; o volante exige muita força para virá-lo; os engates do câmbio não são macios e nem precisos; e o desempenho, devido ao peso maior do bólido, não parece nem de longe com o de um carro de corrida.

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