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GM anuncia abertura de novo programa de demissão voluntária

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

(FolhaNews)

A GM (General Motors) fará nova abertura de PDV (Programa de Demissão Voluntária) na planta de São José dos Campos (SP), disponível desta quarta-feira ao dia 28 de novembro. A decisão foi comunicada hoje ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.

O anúncio chega quatro dias depois de a empresa ter anunciado o segundo período de férias coletivas em pouco mais de um mês e após o fechamento do último PDV, aberto no dia 17 de setembro (a adesão não foi informada).

As condições para quem aderir ao PDV variam com o tempo de casa. Vão de três salários nominais (quem tem menos de cinco anos de emprego) a seis salários (23 anos em diante). O PDV também oferece a manutenção da assistência médica por período determinado.

Para aposentados, o incentivo acrescenta três salários nominais ao valor total. Já para os empregados que, a critério da empresa, forem considerados "detentores de restrição médico-ocupacional com garantia de emprego", o incentivo básico será multiplicado por três.

"Essa é mais uma medida que prova que a GM está intensificando a pressão sobre os aposentados e lesionados e querendo jogar a conta da crise nas costas dos trabalhadores. Exigimos a estabilidade de emprego e, para isso, vamos intensificar nossa mobilização para garantir os empregos e direitos dos metalúrgicos", disse.

Ontem, a Ford anunciou que funcionários de suas três unidades no Brasil - Camaçari (BA), São Bernardo do Campo e Taubaté (SP) - terão suas férias coletivas antecipadas devido à desaceleração das vendas de carros e caminhões. Apesar de antecipar as férias coletivas, a Ford, em nota, confirmou a manutenção dos investimentos programados pela empresa até 2012 na América do Sul.

No fim de outubro, a Volkswagen informou que concederia férias coletivas de dez dias para 1.800 funcionários da produção que trabalham em dois turnos da unidade de São José dos Pinhais (PR) em dois períodos distintos.

A Fiat também colocou 1.700 funcionários de Betim, em Minas Gerais, em férias coletivas, e informou que a parada adotada seria usada para "administrar a produção".

Crise
Por conta da desaceleração do setor, que depende de crédito farto - a crise fez secar o dinheiro em circulação e dificultou a obtenção de financiamentos pelos consumidores -, o governo federal planeja um modo de devolver ritmo à produção.

O ministro Miguel Jorge (Desenvolvimento) afirmou nesta quarta-feira, no Rio, que a ajuda ao setor automobilístico para enfrentar os efeitos da crise financeira será feita pelo aumento de crédito ao consumidor.

"Essa ajuda às montadoras seria pelo crédito, para se ter um pouco mais de liquidez no mercado e que os processos de financiamento voltem. Vai ser para o consumidor, para a produção, não acredito que seja necessário", afirmou.

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