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GM anuncia rombo no caixa e pede ajuda do governo para não quebrar

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

(FolhaNews)

A General Motors (GM) anunciou nesta sexta-feira (07/11) que teve uma baixa de US$ 6,9 bilhões em seu caixa diante da rápida "piora das condições do mercado nos Estados Unidos". O ritmo de gasto do dinheiro do caixa da General Motors significa que a empresa conta com "o valor mínimo necessário para operar" até o final do ano.

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Diante de tal situação, a empresa informou hoje, dia em que apresentou seus resultados no terceiro trimestre, que melhorar a posição de caixa continua sendo uma de suas principais prioridades para não quebrar. E destacou que a ajuda governamental é essencial devido ao enfraquecimento da economia e à crise de crédito.

"A volatilidade nos mercados financeiros mundiais, a redução do crédito para particulares e empresas e a mínima confiança dos consumidores criou uma situação muito difícil", afirmou o presidente da GM, Rick Wagoner.

Ele anunciou que a GM tomará novas medidas para "melhorar a liquidez e reduzir os custos estruturais, em resposta à piora das condições econômicas mundiais". A empresa informou que novas medidas melhorarão o caixa em US$ 5 bilhões.

Os resultados da companhia durante o terceiro trimestre refletem as fortes perdas na América do Norte e em menor medida na Europa. Segundo a empresa informou hoje, o prejuízo foi de US$ 2,5 bilhões durante o terceiro trimestre do ano diante da rápida "piora das condições do mercado nos Estados Unidos". Na América do Norte, a GM teve perda de US$ 2,3 bilhões no período em seu faturamento ajustado antes de impostos. Já na Europa, a empresa perdeu US$ 974 milhões em sua receita ajustada antes de impostos, após suas vendas terem caído 15%.

Apenas na América Latina, na África e no Oriente Médio a GM teve bons resultados. Nessa região, a empresa faturou US$ 514 milhões e aumentou em US$ 140 milhões os resultados do mesmo período de 2007.

Chrysler
A General Motors também informou ter encerrado suas negociações com a Chrysler e que não se fundirá com a terceira maior fabricante americana de automóveis.

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"Recentemente, a GM explorou a possibilidade de uma aquisição estratégica que acreditava que geraria significantes reduções de custos e um fortalecimento substancial da posição financeira da GM a médio e longo prazo", disse a empresa em comunicado.

"Embora a aquisição pudesse ter proporcionado potencialmente significantes recursos, a companhia concluiu que é mais importante neste momento se concentrar em suas dificuldades imediatas de liquidez", acrescentou.

Bob Nardelli, executivo-chefe da Chrysler, se negou a "confirmar ou a revelar a natureza de suas reuniões privadas". Nardelli disse, também em comunicado, que "a chave do sucesso da equipe de gestão continua sendo devolver à Chrysler a rentabilidade".

Durante semanas se especulou que a Cerberus, que controla a Chrysler, mantinha conversas com GM para a venda da montadora. A declaração de hoje da GM é a primeira informação oficial sobre as negociações.

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