UAI

GM, Ford e Chrysler pedem mais ajuda ao Congresso dos EUA

Publicidade
SIGA NO google-news-logo
Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

(FolhaNews)

Os presidentes executivos da General Motors, Ford e Chrysler tentarão nesta terça-feira (18/11) convencer os parlamentares americanos a duplicarem a ajuda concedida ao setor automobilístico, depois da liberação em setembro de uma verba de US$ 25 bilhões que ainda não foi distribuída.

Alan Mullaly (Ford), Robert Nardelli (Chrysler) e Richard Wagoner (GM) comparecem no fim da tarde de hoje ante o comitê bancário do Senado, a quem pedirão outros US$ 25 bilhões para evitar um golpe na indústria automotiva.

. GM do Brasil não será afetada pela crise
. GM do Brasil reduz previsão de faturamento com queda nas vendas
. Seguro de crédito é negado a fornecedores da GM e da Ford
. Subsidiária da GM pede ajuda de US$ 51 bi para Alemanha
. GM anuncia rombo no caixa e pede ajuda do governo para não quebrar
. GM anuncia abertura de novo programa de demissão voluntária
. GM amplia férias coletivas para até 4.000 no interior de SP
. GM anuncia demissões ante sucesso limitado de plano de demissões

Entretanto, o democrata Chris Dodd, presidente do comitê, advertiu na semana passada que não conhecia "um único republicano disposto a apoiar" o resgate das montadoras, abaladas pela crise do crédito e a queda de suas vendas.

O secretário do Tesouro, Henry Paulson, avisou hoje que o plano de resgate do sistema financeiro "não é a panacéia para todas as nossas dificuldades econômicas".

"O plano de resgate não foi concebido para ser um plano de recuperação, mas para consolidar as fundações de nossa economia estabilizando o sistema financeiro. Não se pode esperar dele que compense o impacto dos danos provocados por uma crise tão grave", declarou Paulson nesta terça-feira durante uma audiência diante da comissão dos serviços financeiros da Câmara dos Representantes.

. Ajuda às montadoras dos EUA pode chegar a US$ 50 bilhões
. Chefe de gabinete de Obama pede ajuda a montadoras
. Desemprego e montadoras pressionam economia nos EUA
. Chrysler cortará 6% da força de trabalho nos EUA

Apoiado pelos democratas, o projeto de ajuda ao setor automobilístico enfrenta a oposição dos parlamentares republicanos.

"O modo de funcionamento da GM é baseado em um modelo errôneo, a empresa tem uma péssima direção e nenhum esquema de inovação. Agora eles querem mais US$ 25 bilhões, além dos US$ 25 bilhões já liberados. Onde vamos parar?", questionou ontem segunda-feira o senador republicano do Alabama Richard Shelby.

De acordo com um estudo da Ford apresentado hoje pelo "Wall Street Journal", um eventual desaparecimento da empresa provocaria a supressão de pelo menos 75 mil empregos diretos e indiretos em 25 Estados do país.

*Danos na Europa* A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou hoje, depois de se reunir com o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, que as medidas que a serem tomadas pelo novo governo dos Estados Unidos para o setor automotivo podem representar "um problema" para as empresas européias.

Merkel disse que a Alemanha pediu à CE (Comissão Européia, órgão Executivo da União Européia) que estude como os EUA apoiarão a indústria automobilística "para que a Europa não sofra danos".

"Nós também podemos ajudar o setor", disse Merkel, em referência a uma possível intervenção da UE (União Européia) frente à crise no setor. Em relação ao anunciado plano do governo alemão para apoiar o grupo automobilístico nacional Opel, Merkel explicou que tem como objetivo dar garantias, mas não um aumento de capital.

"Trata-se de dar uma garantia caso a Opel se encontre sem fundos por parte de sua casa matriz (GM)", disse a chanceler. A Opel pediu uma garantia estatal de 1 bilhão de euros (US$ 1,26 bilhão) para fazer frente à difícil situação gerada pelos problemas que a GM atravessa.

Berlusconi assegurou que, por enquanto, a Itália não estuda nenhuma ajuda ao setor automotivo, mas não descartou que se possam tomar medidas no futuro, de acordo com a forma que o mercado reagir.

Leia também:

. Anfavea: montadora começa a sentir retorno do consumo
. Fiat dá férias coletivas a 3.000 funcionários
. Antes de encontro com Lula, presidente da Fiat descarta crise no Brasil
. Funcionários da Nissan protestam em Barcelona contra demissões
. Governo de SP disponibiliza crédito de R$ 4 bi para o setor automotivo
. Venda de veículos importados registra queda de 26% em outubro
. Na contramão da crise, a Hyundai abre primeira fábrica européia
. Impacto de crise no setor automobilístico se acentua
. Baixa renda perde crédito e venda de carro mil despenca
. Carro flex representou 86,6% das vendas em outubro
. Anfavea: medidas do governo afastam queda nas vendas
. Vendas de veículos têm 1ª queda do ano em outubro
. Renault fecha fábrica na França por duas semanas
. Começam demissões na cadeia automotiva