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Fenabrave: venda de veículos cai 15,6% no início do mês

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

Agência Estado

As vendas totais de veículos caíram 15,65% na primeira quinzena de novembro, na comparação com igual período de outubro, totalizando 170.513 unidades, segundo dados divulgados hoje pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, a queda foi de 15,71%. Os números incluem automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários.

O segmento de automóveis e comerciais leves, especificamente, registrou retração de 20,1% na primeira quinzena de novembro em relação a outubro e de 19,29% na comparação com os primeiros quinze dias de novembro do ano passado. Ao todo, foram comercializados 89.950 unidades no período.

Já as vendas de caminhões somaram 5.328 unidades nos primeiros 15 dias de novembro, com queda de 9,62% em relação ao mesmo período de outubro e alta de 7,64% sobre igual intervalo de novembro do ano passado. Ainda segundo a entidade, o segmento de ônibus comercializou 1.196 unidades até 15 de novembro, com alta de 3% sobre igual período de outubro e expansão de 51,78% sobre o mesmo intervalo de novembro de 2007.

As vendas de motos somaram 69.834 unidades na primeira quinzena de novembro, com retração de 10,69% sobre outubro e de 14,58% sobre o mesmo período de igual mês do ano passado.

Cautela
O presidente da Fenabrave, Sérgio Reze, afirmou que apesar do restabelecimento do crédito ao consumidor final, as vendas de veículos deverão continuar pressionadas nos próximos meses em razão da maior cautela do consumidor, que está adiando a decisão de compra por conta das incertezas em relação à economia.

Apesar de não querer afirmar que o pior já passou, Reze acredita que o setor já atingiu seu pior nível no que diz respeito à queda nas vendas. "O importante é que já começamos a ver uma reação nas concessionárias e também do público", afirma.

O presidente da Fenabrave destaca que já é possível encontrar taxas de juros menores atualmente do que as praticadas há duas semanas e que a expectativa agora é de que as coisas comecem a se normalizar, mesmo que devagar. "A previsão é de que ainda tenhamos um primeiro trimestre (de 2009) fraco, mas possamos ver uma reação a partir de abril (do ano que vem)", avalia.

O executivo, que no último mês evitou fazer projeções para 2009, acredita agora que o setor poderá crescer entre 5% e 6% no próximo ano. "Acho que é factível alcançar um crescimento nessa faixa se o Brasil tiver uma alta entre 2,5% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto)", afirma

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