Lançado em abril de 2006, o Lexus LS 600h foi o primeiro grande sedã híbrido, uma classe de carros que buscam combinar todo o luxo de uma limusine ao menor peso na consciência do proprietário, que não quer ostentar um carro beberrão. Para 2010, o modelo passou pela mesma reforma de estilo da linha LS, que suavizou o estilo do três volumes. Os
para-choques ganharam um desenho afilado, menos pesadão, enquanto a grade dianteira se tornou mais esportiva, na mesma cor da carroceria e com filetes mais espaçados. Os faróis foram redesenhados em uma lente complexa, mas mantiveram a conhecida assinatura em LEDs, presentes também como luzes de indicação nos retrovisores.

O sistema de iluminação conta ainda com fachos adaptativos, do tipo que ilumina as curvas e impede o ofuscamento de outros motoristas. O modelo foi o primeiro a contar com tecnologia em LED para o farol baixo, que também é menos agressiva para os olhos de quem vem no sentido contrário e economiza em energia, poupando as baterias do motor elétrico (assista ao vídeo com o teste do Lexus LS 600h).

O propulsor V8 5.0 gera 394 cv de potência a 6.400 giros, mas com o auxílio de um motor elétrico alimentado por baterias de níquel, chega aos 444 cv com um torque de 53 kgfm a 4 mil rpm. O consumo de 10,5 km/l de média é frugal para um carro de 5,02 metros de comprimento, que pode rodar ainda apenas com energia elétrica na cidade. A transmissão é do tipo CVT, de variação continua, que envia através de um diferencial Torsen a força para as quatro rodas. Em mecânica, a versão 2010 traz novos freios com discos de 380mm e pinças de seis pistões na dianteira, desenvolvidos em conjunto com a italiana Brembo. Com o novo conjunto, a Lexus garante que o carro para em espaços 12,5% menores.


Primeira classe

A configuração longa, a LS 600h L, tem um entre-eixos de 3,09 m contra 2,96 do original (5,15 m no total), e pode receber um pacote que transforma os assentos traseiros em poltronas comparáveis à Primeira Classe das melhores companhias aéreas. O assento posterior do lado do passageiro ? a esquerda em mercados de mão inglesa ? tem um apoio de pés ajustável eletricamente que, em combinação com o mecanismo de massagem, pode replicar as técnicas do shiatsu ou da acupuntura, de acordo com a Lexus.

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O assento é equipado com bolsas de ar e, para dar ao passageiro uma visão livre do que se passa lá fora, o apoio de cabeça do banco da frente pode ser baixado ao seu comando. Os demais assentos traseiros são reclináveis eletricamente, mesmo na versão para cinco passageiros. Para maior privacidade, telas escurecidas podem ser estendidas eletricamente sobre os vidros traseiros.

O opcional ainda inclui um sistema mais sofisticado de ar-condicionado com quatro zonas de ajuste, que monitora o calor do corpo dos passageiros para ajustar a temperatura ambiente (com saídas de ventilação no teto. Na versão para quatro passageiros, em que ambos bancos traseiros possuem memórias para ajustes, um console central fixo incorpora uma pequena geladeira e compartimentos para discos de CD e de DVD, que podem ser exibidos em uma tela de LCD de 9 polegadas montada no teto - na versão de cinco passageiros, a tela fica no console central.

Outra novidade fica bem aos olhos do motorista: o quadro de instrumentos passou a ser reproduzido em uma tela de LCD. Além de conforto, o interior ganhou também em ergonomia, com novos apoios de cabeça. O sistema de navegação conta com 40GB de memória, que se soma aos 10GB disponíveis apenas para músicas.

Embora importe o LS 460, a Lexus não traz para o Brasil a versão híbrida do seu modelo mais caro. No mercado nacional, a primazia de oferecer um modelo híbrido de maneira oficial caberá à alemã Mercedes-Benz, cujo modelo S400 Hybrid será trazido ainda no primeiro semestre. Mas, ao contrário do sedã de luxo do grupo Toyota, o Mercedes não é um híbrido de fato. Leia o teste no link abaixo:

Leia também o teste do Mercedes-Benz S400 Hybrid.