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Ford Edge - Novo rumo

Crossover canadense recebe face-lift pesado, ao estilo do Fusion, e modificações em posicionamento de mercado, para tentar mudar a má sorte que perdura desde 2008

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação



Vindo do Canadá, o Ford Edge chegou em 2008 com a missão de ser o carro de imagem da marca do oval azul. Não fez sucesso como o Chevrolet Captiva, que desembarcou na mesma época com a vantagem de ser importado do México e, por isso, com preços mais acessíveis. E foi justamente o posicionamento de mercado que pesou contra o Edge, que tinha preço superior a R$ 150 mil. Mesmo com progressivos descontos, o modelo patinou no mercado, com apenas 610 unidades vendidas este ano; contra 1.201, em 2009.

Para mudar a sorte do crossover, a Ford traz a versão reestilizada, que ficou mais agressiva. A grade em forma de escudo traz quatro grossas barras, que chegam a se estender sobre os faróis mais alongados. O cartão de visitas é complementado pelos faróis de neblina em LEDs, em fendas no para-choque. Nas laterais, o carro é basicamente o mesmo. Atrás, são novas a barra cromada na tampa traseira, as lanternas com novo esquema e o aerofólio, que, em conjunto com as duas saídas de escape, dá um tom esportivo. Tudo para criar um ar robusto e agressivo, que não desmente o peso de mais de duas toneladas (2.075kg).

MAIS POTENTE O desempenho é assegurado por uma versão mais potente do V6 3.5 que equipa o Fusion apimentado nos EUA. O bloco ganhou em potência e torque e agora gera saudáveis 289cv a 6.500rpm e 35kgfm de torque a 4.000rpm. A transmissão é automática, de seis velocidades, com trocas sequenciais na manopla da alavanca. A tração é integral, com repartição automática para os dois eixos.

O Edge é construído sobre a base do Fusion, o que ditou dimensões igualmente parrudas. São 4,68 metros de comprimento, com 1,71m de altura, 1,93m de largura e 2,83m de entre-eixos. Há espaço definido para cinco pessoas. Tal como o sedã médio-grande, o modelo passou por uma ampla reforma interna. Além de novo desenho, a atmosfera ganhou em requinte, desfazendo a impressão de simplicidade no acabamento. Para os que gostam de tecnologia, o carro tem tela de LCD de 4.3 polegadas no quadro de instrumentos, além de volante multifuncional, com comandos para som, funções e controle de cruzeiro. Entre as bossas, há também iluminação ambiente ajustável ao toque de um botão.

LIÇÃO A Ford aprendeu com a Volvo e a Land Rover (que pertenciam ao grupo norte-americano) na hora de posicionar o carro no mercado nacional. Agora são duas versões. A básica SEL parte de R$ 122.100 e inclui ar-condicionado, com duas zonas de ajuste; bancos em couro preto, com ajustes elétricos para os dianteiros; sensor de ré; CD Player/MP3, com entradas auxiliares; rodas de alumínio com aro de 18 polegadas; e chave configurável My Key, que permite programar funções como limitadores de velocidade e de volume do som. O pacote de segurança engloba seis airbags e freios ABS, além de controles eletrônicos de estabilidade e de tração.

O Edge Limited vai sair por R$ 133.910 e adiciona o sistema de entretenimento Sync, com tela sensível ao toque, sistema de som Sony especial, sistema de monitoramento de ponto cego - vindo do rival Volvo XC60 – e de tráfego cruzado, sensor de chuva, bancos elétricos dianteiros com memória para duas posições, acabamento em couro na cor cinza clara, partida remota do motor na chave que também permite o acesso sem chave e rodas com aro de 20 polegadas. Só há um opcional: o teto solar panorâmico duplo, que eleva o preço para R$ 142.610. A garantia é de três anos.