Pode não ter sido 65 anos de produção, como foi o original, mas o fato é que os 13 anos de mercado pesaram sobre o Volkswagen New Beetle. O modelo retrô ficou mais do que o dobro do tempo médio de ciclo de um automóvel. Talvez por isso, o novo, apresentado esta semana, não tenha ganhado a denominação New, sendo apenas Beetle – ficaria estranho um New New Beetle. Até porque as formas mantêm o parentesco do primeiro, de 1998, bebendo até na fonte do conceito Ragster, de 2005, em especial na imagem esportiva. O visual ficou mais masculinizado, graças aos para-lamas largos, teto mais baixo, capô alongado e vincos retilíneos. Os faróis permanecem arredondados, mas agora são delineados por uma fileira de LEDs na versão com faróis bixenônio. As lanternas traseiras inovaram, com um formato mais para Gol G5, que termina bem na tampa do porta-malas, com spoiler integrado.
O resultado adicionou testosterona ao carro, na medida para enfrentar o também esportivo Mini Cooper. De quebra, esse estilo também pode ajudar o carro a fazer ainda mais sucesso que o antecessor, que chegou a 1 milhão de unidades, espalhando-se mais igualmente por outros mercados – algo necessário, dada a ambição da VW de se tornar líder mundial em 2018.
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CHARME RUDE A impressão de que o Beetle ganhou corpo se traduz também na fita métrica: agora são 4,27 metros de comprimento, 15,2 centímetros a mais explicados pelo uso da maior plataforma do Jetta. A largura ficou em 1,80m, 8,4cm a mais, enquanto a altura diminuiu em 1,2cm, com 1,48m. “Esse carro não tem apenas um perfil mais baixo, pois também é bem mais largo, o capô é mais longo, o para-brisa foi recuado e ficou mais inclinado”, enumera Karl Bischoff, chefe de estilo da VW e um dos projetistas do Beetle. Segundo a VW, em comparação aos concorrentes Mini e Fiat 500, ambos diminutos, por dentro o carro é uma catedral. Exageros à parte, o porta-malas também foi beneficiado: são 310 litros contra 210 litros de antes.
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Se o New Beetle chegava ao cúmulo de incorporar um vaso de plantas no painel, acessório no Fusca, o novo homenageou o antigo sedã nas formas chapadas do painel, em algumas versões pintado na cor da carroceria. As novidades incluem itens como abertura e partida do carro sem chave e sistema de som da conceituada Fender – em conjunto com a Panasonic –, marca que fez as guitarras de Jimmy Hendrix e Eric Clapton, com 800W e subwoofer integrado. O GPS vem com tela sensível ao toque de 6,5 polegadas, DVD e 30 GB de HD e o teto solar agora é panorâmico, 80% maior.
INSETO ALADO O estilo arrojado é acompanhado pela performance. Para o mercado norte-americano, o modelo ainda está disponível com o 2.5 litros, cinco cilindros, que ainda equipa o Jetta Variant por aqui, com 170cv. Mas a grande vedete é o 2.0 TSI de 200cv, que pode ser conjugado ao câmbio DSG de dupla embreagem e seis marchas, capaz de levá-lo aos 225km/h. Para conquistar os que querem fugir do preço da gasolina, que ultrapassou por lá US$ 1 por litro, cerca de R$ 1,60, a VW passa também a oferecer o motor 2.0 TDI de 140cv nos Estados Unidos, com vantagem no consumo médio declarado em 14km/l. Na Europa, o Besouro ainda usará o menor 1.6 TDI turbodiesel e um 1.2 TSI, ambos com 105cv, mas o destaque é o 1.4 TSI de 160cv e câmbio DSG de sete marchas. Tudo para cair no gosto do mundo inteiro, como o Fusca original caiu.