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Quero ser grande

Nissan lança sétima geração do Sentra a partir de R$ 60,9 mil

Painel denota conservadorismo, mas ao mesmo tempo consegue ser elegante. Veja fotos - Foto: Marcos Camargo/Nissan/Divulgação

DO RIO DE JANEIRO * - Detratores dirão que o Sentra dispõe de tudo o que faz de um carro japonês um conjunto aquém dos seus principais concorrentes ocidentais. Outros dirão que o três-volumes é dono de todos os predicados que tornam os nipônicos compra certa. O intuito da Nissan é posicionar o modelo de forma que consiga competir nas duas vertentes. No entanto, apesar do requinte e do belo pacote de conteúdo, o sedã (com preços a partir de R$ 60.990) está longe de menosprezar prós e contras advindos da Terra do Sol Nascente.

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NOS TRINQUES A sétima geração do Sentra está mais elegante. Vincos no capô dão certo estilo e fluidez, já que advém da grade —muito similar à do Altima, diga-se de passagem. Destaque também para os LEDs, muito bem postados. A traseira surge como uma atualização bem sucedida. As lanternas convergem para a tampa do porta-malas e a protuberância, que remete a um aerofólio (guardadas as devidas proporções) transmitem dinamismo ao modelo.

Contudo, a jovialidade perdura como calcanhar de aquiles do três-volumes. Sua linha de cintura baixa faz tiozões e detratores se regozijarem. É o DNA nipônico mostrando seu veneno.

As lanternas traseiras convergem para a tampa do porta-malas - Foto: Marcos Camargo/Nissan/Divulgação

Internamente — assim como para quem o vê de fora —, o Sentra é um carro aprumado. Graças ao entre-eixos de 2,70m, nada de aperto no habitáculo para qualquer dos ocupantes. O interior se destaca também pelos materiais bem acabados e
suaves ao toque em sua composição. O painel denota conservadorismo, mas ao mesmo tempo consegue ser elegante.

MELHOR DO ORIENTE O Sentra brazuca é beneficiado com o propulsor 2.0 16V flex de 140cv de potência e 20kgfm de torque, já conhecido pelos brasileiros.
As transmissões são as mesmas (manual de seis velocidades e CVT) que equipam o “praiano” modelo da Califórnia. A mecânica é confiável, eficiente e típica dos orientais.


 Testamos o três-volumes dotado de câmbio CVT. Preciso e superior aos concorrentes, ele casa muito bem com o motor, que não é tão ruidoso ao se aproximar dos 6.000 giros. A posição de dirigir é confortável e regulagem de altura e distância do volante, assim como a do banco, ajuda bastante. Os freios são muito bem dimensionados. O consumo combinado (cidade/estrada) foi de 7,8km/l (abastecido com gasolina). Ótimo número para um carro que recebeu etiquetagem A do Inmetro.


O habitáculo é silencioso, porém aquele incômodo barulhinho do atritar do para-brisas com o vidro dianteiro irritou um bocado, a ponto de o motorista ter que aumentar o volume do bom sistema de som. Chovia durante o teste e o desembaçador não foi capaz de “segurar a bronca” sozinho. A visibilidade ficou um pouco comprometida nessa situação. Já no quesito emoção, falta algo para que o Sentra possa propiciá-la. A suspensão acertada para as nossas ruas e a direção demasiadamente direta não empolgam em absoluto.

VEREDITO Depois de rodar quase 400 quilômetros com o Sentra, o resultado é positivo. O sedã agrada e está pronto para abocanhar uma bela fatia do mercado. Para esportistas ele não é opção, tampouco para tios em crise de meia-idade, mas a elegância e precisão mecânica do Nissan há de agradar a muitos.

* Jornalista viajou à convite da Nissan


FICHA TÉCNICA 

»  Motor: 2.0 16V flex, que gera 140cv de potência e 20kgfm de torque
»  Transmissão: Manual de seis velocidades e CVT XTRONIC com overdrive
»  Dimensões: 4,62m de comprimento, 1,76m de largura, 1,5m de altura
e 2,7m de entreeixos_
»  Porta-malas: 503 litros
»  Volume do tanque de combustível: 52 litros
»  Preços: R$ 60.990 (2.0 S), R$ 65.990 (2.0 SV) e R$ 71.990 (2.0 SL)



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