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Fãs criam Clube para homenagear a Kombi em Belo Horizonte

Clube da Kombi é fundado em Belo Horizonte e já reúne 15 modelos. Admiradores carregam histórias de amor com a perua

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Fãs criam Clube para homenagear a Kombi em Belo Horizonte
Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

Encontros acontecem próximo ao Museu Abílio Barreto


Como a Kombi corria o risco de sair de linha, admiradores se uniram para celebrar o modelo e fundaram o primeiro clube do modelo na capital mineira. O Clube da Kombi Belo Horizonte foi criado no final de novembro e já reúne pelo menos 15 proprietários. Modelos com as características originais dos anos 60 a 80, uma unidade personalizada com os símbolos do Atlético e até uma legítima rat-hod são expostas em eventos mensais próximo ao Museu Abílio Barreto, Região Centro-Sul de BH.

 


VEJA FOTOS DO CLUBE DA KOMBI DE BH!

Por enquanto o Clube da Kombi está vinculado ao do Fusca, que já tem dez anos. Mas com o crescimento de interessados, deverá ter um espaço próprio em breve. No último domingo, dezenas de Fuscas, oito Kombis e uma Brasília fizeram a festa de amantes de carros antigos, principalmente com motor refrigerado a ar.

“O movimento de Kombis sempre existiu no clube do Fusca. Muitos proprietários têm os dois veículos e revezam cada modelo nos encontros. A notícia do fim da produção mexeu um pouco com o pessoal e o utilitário passou a ser mais frequente. Com isso, juntamos e resolvemos criar o clube da Kombi”, conta Amauri Lúcio de Oliveira, que agora acumula a presidência dos dois clubes.

Proprietário de um Fusca 1969 e uma Kombi Standard 1974, Amauri é exemplo de um dos membros que resolveram dar mais destaque ao utilitário neste ano derradeiro. Tanto que em setembro fez sua maior aventura: juntou um grupo do clube e foi de Belo Horizonte a Paraguai para um encontro de colecionadores. Foram mais de 4,5 mil quilômetros ida e volta de Kombi. Para 2015 o desafio será maior: uma jornada por Uruguai e Argentina com mais veículos.

O grupo que integra o Clube da Kombi é bem heterogeneo e reúne desde admiradores que possuem o veículo apenas para passeio no fim de semana até quem depende do carro para o trabalho. É o caso do microempresário Igor Scalzo, dono de um modelo 1974, que já está há 34 anos na família. Igor vende biscoitos com ajuda do veículo, num negócio que começou com o pai há décadas.



“O modelo estava parado há anos e resolvi reformá-la”. A Kombi recebeu vários tons de azul que no final das contas tornou-se um roxo forte, além de ter sido rebaixada. “Tudo que meu pai conseguiu, como casa e criar os filhos, foi através dela”, comemora.



A solução de espaço para levar os amigos ao campo foi encontrada numa Kombi 1977. O advogado Rodrigo Soares comprou o modelo em 2008 e reformou até virar a “GaloKombi”. Toda alvinegra, o veículo recebeu apliques com os símbolos do time. No forro do teto, autógrafos de ídolos como Dadá Maravilha, Marques e Euller.

O bancário Hebert Rafael Silva Pinto era dono de um Fusca. Mas a vontade de ter um carro antigo e levar toda a família fez o colecionador desfazer do carro para comprar uma Kombi luxo 1970 azul. Além dos encontros, ele leva a mulher e os filhos João Gabriel de 8 anos, e Miguel Rafael, de 1 até um sítio em Nova União. “Viajo somente em horários com a estrada vazia e respeito os limites do carro”, recomenda.



O interesse por antigos também levou o advogado Gustavo Tavares a comprar um modelo luxo 1972. O veículo foi encontrado em São Paulo e traze-la da capital paulista já foi uma aventura. “Fui de ônibus, levei várias peças e trouxe a Kombi para Belo Horizonte. Ela estava há anos sem sair do lugar”, conta. Tavares também é dono de um Fusca 1966, mas para levar a mulher e os dois filhos pequenos – incluindo brinquedos - a Kombi é ideal para passeios de fim de semana pela cidade.

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Apesar de gostar do modelo, o advogado não lamenta o fim da produção da Kombi. “Uma coisa é passear com o carro eventualmente. Outra é circular com o modelo todos os dias. A Kombi é um projeto de 60 anos com um design exclusivo que marcou época. Mas hoje o trânsito mata demais e precisamos de carros mais seguros” afirma.



Fãs da Velha Senhora podem acessar o site: http://www.clubedofuscabh.com.br/ . Os encontros acontecem todo o terceiro domingo do mês pela manhã na Rua Josafá Belo, no Bairro Cidade Jardim, Região Centro-Sul da capital.



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CONHEÇA ALGUMAS KOMBIS E OS MEMBROS DO CLUBE DA KOMBI:

 

Kombi 1975 - Amauri Lúcio de Oliveira é o presidente do clube e já viajou até o Paraguai com o modelo

Kombi Standard 1977, a GaloKombi - O advogado Rodrigo Soares comprou o veículo para levar família e amigos para assistir os jos do Atlético

Kombi Luxo 1970 - O carro é o xodó do bancário Helbert Rafael Silva Pinto e o filho João Gabriel

Kombi Pick-up Cabine Dupla 1982 - Os advogados Carlos Barone (E) e Domingos Cortezzi colecionam veículos antigos e integraram o modelo (originalmente a diesel) ao conjuntoO

Kombi 1974 - Ronaldo Antônio do Nascimento está transformando o modelo numa legítima Rat Rod, com diversos detalhes extravagantes

Kombi 1974 - Igor Scalzo trabalha em feiras livres com a Kombi, que já está na família há 34 anos

Kombi Luxo 1972 - O advogado Gustavo Tavares achou o modelo em São Paulo

Kombi Standard 1974 - O engenheiro eletricista Daniel Martins Pinheiro é um dos donos da "Fabrícia". O nome é 'homenagem' a um amigo que não gosta de carros antigos

O bancário Geraldo Santos é dono de uma Kombi 1974 personalizada que tem até teto solar



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