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Chery Tiggo automático chega ao Brasil por R$ 57,9 mil

Modelo é o primeiro carro chinês vendido no país com câmbio automático. Design e pacote de equipamentos agradam, mas a caixa de quatro marchas e o desempenho não convencem

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Chery Tiggo automático chega ao Brasil por R$ 57,9 mil
Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

Tiggo é o SUV automático mais barato do Brasil


De Barueri, SP * -
A Chery trouxe para o Brasil a versão automática da segunda geração do Tiggo. É o primeiro modelo chinês com esse tipo de transmissão disponível no mercado brasileiro. O SUV custa R$ 57.990, cinco mil reais mais caro que a opção manual lançada em junho de 2013.

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O Tiggo automático não teve nenhuma alteração visual em relação ao modelo manual. A segunda geração segue com design elegante, com destaque para nova grade e conjunto óptico com luzes diurnas de LED. Com semelhanças estéticas aos concorrentes coreanos e japoneses, pacote de equipamentos completo e bom preço, o SUV chinês montado no Uruguai desperta atenção e arrebata clientes.

O Tiggo automático tem boa posição de dirigir e ótima visibilidade, com ajustes de altura no volante e no banco do motorista. Os bancos de couro (opcionais) acolhem bem condutor e passageiros e a altura em relação aos outros carros transmite uma sensação de segurança.

Câmbio automático de quatro velocidades



Agora com câmbio automático, a proposta é oferecer conforto no trânsito das grandes cidades. A caixa QR425AHA é de apenas quatro marchas e foi desenvolvida pela Chery em conjunto com a Acteco. Possui piloto automático e sistema antipatinação. A transmissão é acoplada ao motor 2.0 16V a gasolina, com potência máxima de 138 cv a 5.750 rpm e torque máximo de 18,2 kgfm a 4.300 rpm.

Pela teoria e ficha técnica, o Tiggo oferece um bom custo/benefício. Mas na prática... o carro decepciona em desempenho. Rodamos cerca de 80 quilômetros na região de Alphaville, São Paulo, em trechos urbanos e rodoviários. No centro comercial, com paradas e sinais, o SUV responde bem. Mas basta exigir um pouco mais do carro, que fica nítido que o câmbio não explora bem o motor.

Desempenho não agrada nas subidas e retomadas



Nas subidas, rapidamente o carro perde potência e faz muito barulho na troca de marchas. Nas retomadas, sensação parecida. Mas há uma saída: O Tiggo oferece modo manual; basta levar a alavanca de câmbio para direita. Mesmo assim a frustração e o ruído alto continuam. O motorista força, mas o carro simplesmente não vai. Talvez culpa do peso: são 1.400 kg em ordem de marcha.

O Tiggo possui 4,39 m de comprimento e 2,51 m de distância entre-eixos. Quatro pessoas viajam com bastante espaço e todos os cinco ocupantes têm encosto de cabeça e cintos de três pontos. O banco traseiro é bi-partido e o porta-malas leva 435 litros. A suspensão é independente nas quatro rodas, que são de liga-leve de 16 polegadas.

Luzes azuis incomodam. Carro também merecia uma tela multimídia



No interior, chama atenção o retrovisor que tem bússola, altímetro e barômetro integrados. O volante de três raios tem comandos do piloto automático e sistema de som. O ponto negativo fica com a iluminação azul, tanto do rádio, quando dos instrumentos, que têm fundo preto. O tom é de difícil leitura e não parece de um carro lançado nesta década.

Os comandos estão bem à mão e o ar-condicionado funcionou a contento. Existem alguns pequenos deslizes, como a ausência de espelho no quebra-sol do motorista e botões frágeis para o sistema de ar, faróis de milha e desembaçador traseiro. O computador de bordo é bem simples, apenas com consumo instantâneo e por trajeto, na medida litros/100 km.

Tiggo possui 4,39 m de comprimento e 2,51 m de distância entre-eixos



A Chery já começou a vender o Tiggo automático nas revendas brasileiras há dois meses e 200 unidades já foram comercializadas. A expectativa da marca é que a versão automática ultrapasse a manual e feche 2014 com 2.500 carros vendidos.


O Chery Tiggo AT tem cinco anos de garantia e é vendido 80 concessionárias no Brasil. Por R$ 57.990, é o utilitário esportivo com câmbio automático mais barato do Brasil. Seus principais concorrentes são bem mais caros. O Renault Duster 2.0 Dynamique 4x2 automático é vendido por R$ 66.900 mil, enquanto o Ford EcoSport SE 2.0 automático vale R$ 67.867. Já o Hyundai Tucson 2.0 Flex automático custa R$ 69.850. Com a palavra, o consumidor.



* Jornalista viajou à convite da Chery

 

Imponente, Tiggo de destaca no design

Modelo automático custa 5 mil a mais que versão manual

Porta-malas leva 435 litros e chega aos 818 com bancos rebatidos

Motor 2.0 16V rende até 138 cavalos

Rodas de liga-leve de 16 polegadas