ESTILO A enorme grade frontal com fundo preto e os faróis alongados se destacam na dianteira. O para-choque encorpado completa o conjunto. As linhas são limpas, com cintura alta e ligeira ascendência no sentido da traseira.
DENTRO Como dizem os executivos da Ford, o interior é bastante objetivo e também limpo. Não há espaço para rebuscamento. Os comandos estão ao alcance do motorista e as entradas de ar são verticais, como em todos os Fords atuais. A conectividade é destaque e orgulho da montadora. Na versão SE, de entrada, o sistema é o Dock e nas outras, o conhecido Sync. Atualmente, compra-se conectividade e, por acaso, vem o automóvel acoplado.
MANCADA Apesar de se gabar de ser a primeira marca a equipar um carro compacto com controles de tração e estabilidade, que são ligados ao ABS, equipamento obrigatório em todos os automóveis nacionais a partir deste ano, a Ford menospreza o passageiro do assento central, que não tem apoio de cabeça nem cinto de três pontos retrátil até na versão mais sofisticada. É sabido que homologa-se carro para cinco ocupantes, mas o espaço é limitado até nos grandalhões. O objetivo é transportar três atrás em percurso curto. E o do meio merece a mesma segurança dos passageiros das janelas. Enquanto não forem obrigatórios, a lambança triunfa. A Ford fica devendo o Isofix, prometido para breve.
MOTOR O 1.0 de três cilindros vem se juntar aos do Hyundai HB20 e do VW up!. Funciona redondo e, na primeira impressão, parece vibrar menos do que os da concorrência.
DIRIGINDO As primeiras impressões convenceram. Rodamos cerca de 80 quilômetros em rodovia, com piso de ótima qualidade. O motor responde bem aos comandos do acelerador e os engates do câmbio são leves e precisos. O comportamento dinâmico é previsível e não há sustos mesmo em curvas acentuadas. O sistema de suspensão privilegia mais a estabilidade. Nos poucos metros em piso irregular, percebe-se a transferência das imperfeições para o habitáculo. Os pneus de perfil baixo (195/55) contribuem para isso. A direção é leve e muito bem calibrada e o motorista fica à vontade. A garantia é de três anos e a durabilidade do motor e da correia dentada é de 240 mil quilômetros.
*Jornalista viajou a convite da Ford do Brasil
FICHA TÉCNICA
» MOTOR
Dianteiro, transversal, de três cilindros em linha, 997cm³, 12 válvulas, flex, 80cv (gasolina) e 85cv (etanol) de 6.300 a 6.500rpm de potências máximas e torques de 10,2kgfm (g) a 3.500rpm e 10,7kgfm (e) a 4.500rpm
» TRANSMISSÃO
Tração dianteira, com câmbio manual de cinco marchas
» RODAS/PNEUS
De aço 5,5x14/175/65 R14 e de liga leve 6x15/195/55 R15
» DIREÇÃO
Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica
» CAPACIDADES
Do tanque, 51,6 litros; e de carga
útil (passageiros mais bagagem), 424kg a 453kg (conforme versão)
» CONSUMO
Cidade, 8,9(e)/13(g); estrada, 10,4(e)/15,1(g)
» DESEMPENHO (etanol)
Velocidade máxima, 166km/h; aceleração até 100km/h em 13,9 segundos
» DIMENSÕES (metros)
Comprimento, 3,89; largura, 1,69; altura, 1,52; entre-eixos, 2,49
» PESO (kg)
De 997 a 1.026 (conforme versão)
Assistência de emergência
Junto com o Novo Ka, a Ford introduz uma tecnologia inédita no Brasil.
Primeiro ele informa aos ocupantes que uma chamada de emergência será efetuada, momento no qual, caso os ocupantes julguem desnecessário, ela pode ser cancelada. Caso ela não seja cancelada, o serviço de urgência será informado que ocorreu um acidente, recebendo, inclusive, a posição geográfica precisa do veículo (latitude e longitude) graças à antena de GPS que integra o sistema. Durante a ligação, caso os ocupantes estejam conscientes, é possível inclusive conversar com o atendente do Samu, que pode obter mais informações sobre o estado dos acidentados. A tecnologia é um opcional na versão de entrada SE e de série na SEL. Depois da aquisição do veículo o serviço é gratuito e válido por toda a sua vida útil. A Ford afirmou que dentro de um ano toda a sua linha também ganhará a assistência de emergência.