O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a Secretaria de Estado de Fazenda (SEF) e a Polícia Civil deflagraram nesta terça-feira a Operação Mustang, que apura crimes de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, e recupera ativos desviados do erário público do estado. A ação já cumpriu mandados de busca e apreensão em duas residências e na sede das empresas Pohlig Heckel, em Contagem, e Movi MBC, em Belo Horizonte, que têm uma dívida de R$ 32 milhões com a Receita Estadual. De acordo com o promotor do caso, Fábio Reis de Nazaré, só nesta terça-feira, foram apreendidos mais de 70 carros clássicos, que pertencem ao colecionador, proprietário das empresas. Só de veículos apreendidos, a quantia já chega a R$ 20 milhões, segundo o promotor.
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Carros antigos raros se destacam com preços que podem passar dos R$ 300 milEncontro de veículos antigos reúne raridades em Campos do JordãoMille Miglia 2015: Bugatti de 1927 vence corrida de carros antigos na ItáliaMacacos terá II Encontro de Carros Antigos neste sábado na Grande BHColeção de raridades apreendida em BH Divulgadas imagens dos carros antigos apreendidos pelo MP em MinasSegundo o promotor Fábio Reis de Nazaré, também foram apreendidas armas e munições, além de R$ 140 mil bloqueados da conta bancária de um jovem de 19 anos, filho do principal sócio e gestor das empresas.
O trabalho conjunto da Polícia Civil e do MPMG, com o apoio da Receita Estadual, aponta que o empresário transferiu grande parte do patrimônio para o filho e para outros parentes. Um jovem de 19 anos, cuja renda declarada não ultrapassa R$ 3 mil ao mês, é proprietário de 77 veículos de colecionador. Ainda de acordo com as investigações, o rapaz também recebeu do pai pelo menos três imóveis de alto valor e é dono da empresa Movi - MBC Sistema de Automação, que tem 11 veículos antigos em seu nome.
O promotor informou ainda que "os próximos passos serão a abertura do processo criminal e o pedido de alienação dos veículos. Os suspeitos poderão responder por posse ilegal de arma de fogo, sonegação fiscal e lavagem dinheiro", comenta Fábio de Nazaré.
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