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Proteçãoàs avessas

Segurança? Relembre equipamentos inusitados de transporte infantil

- Foto: Reprodução Internet

Por muitas vezes somos acometidos pela nostalgia. Lembro-me de digladiar com os primos e amiguinhos para ver quem iria de Macaé ao Rio de Janeiro no porta-malas da Brasília 1977 do meu tio. Viajar literalmente em cima do ruidoso motor 1.600 do Volkswagen era divertido, ensurdecedor. Outras memórias bacanas remetem ao Fusca 1968 vermelho do meu avô. Esperneava para ir no banco da frente, e invariavelmente, ele me deixava sentir esse gostinho. Ah, como era bom sentir o ventinho entrando pelo quebra-vento, aquela liberdade — e não havia a “necessidade” de dispositivo de fixação algum.

Se alguém achou essas práticas citadas perigosas, releve; eram outros tempos. O motorista sequer estava com cinto de segurança e não havia airbag nem outros itens para proteger os passageiros, uma criança podia “passear” sem problemas no habitáculo. Essa suscetibilidade aos apuros nos fez buscar lá atrás alguns dispositivos de transporte infantil.

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DORME, NENÉM Não contentes com um berço, os inventores de plantão criaram essa cama.
E olha, havia ainda possibilidade de comprar o item feito de materiais diferentes.

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DE TRÊS! Essa é genial. Sim, é uma criança. Sim, ela está dependurada do lado de fora do carro por um cestinho bem mequetrefe. Na foto, parece que o bebê não está curtindo a ideia, mas a menininha “troll” à esquerda está se divertindo com o neném “bola de basquete”.

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IMPONÊNCIA A cadeirinha de madeira dá certo ar de austeridade à criança. Olhe para essa menina, que imponente! Meio sentada, meio de pé, a jovem é a capitã da nau.

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BARBEARIA O papai “Professor Pardal” trabalhou e o Brasil mudou. Esta cadeira “brota” do assoalho e fica entre os dois assentos dianteiros. Feita de madeira, ferro e tecido para estofado de materiais previamente descartados, esse dispositivo obviamente não vingou.
Olha a carinha de desespero do menino!

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AO INFINITO Falando sério, todas as crianças dos anos 1970 e 1980 que sobreviveram às décadas merecem todas as láureas. Observem bem este VW Fusca. A mãe com o “bacuri” no teto solar, o outro moleque “de boa na lagoa” debruçado sobre o painel. Retrato da minha infância.

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TIM MAIA O saudoso Tim cantava com muita propriedade que “vale, vale tudo”. No caso das cadeirinhas em tempos idos, valia tudo mesmo. Se alguém conseguir explicar no que essa coisa poderia auxiliar na segurança de um bebê, ganha o troféu de Mago Supremo da esperteza.

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TANTO FAZ Pode ficar virado para frente ou para trás. O que importa é a segurança do filhote. O garoto parece apreciar a viagem enquanto o paizão mantém a pose de “não ligo para nada, foco na estrada”.
Parabéns aos envolvidos!

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Eu, bem… Melhor encerrar por aqui. Ainda bem que meus pimpolhos irão crescer num mundo onde a segurança dos automóveis é bem mais eficaz e a cobrança por parte das autoridades é muito maior. Eles não se divertirão tanto encarando perigos diariamente, mas, pelo menos, estarão a salvo.

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E você, lembra dessa época?.