O Salão do Automóvel de São Paulo, que terminou nesse domingo, surpreendeu pelo conjunto da obra. São vários lançamentos, nacionais e importados, mas com diferentes graus de importância, que somados tornam esta edição uma das melhores da história. A rigor, um modelo se destacou por significar a reestreia de uma marca tradicional, que já produziu no Nordeste brasileiro há mais de cinco décadas, e volta para a mesma região com um fábrica muito maior. O Jeep Renegade é a nova referência entre os utilitários esporte compactos pela ampla gama prometida, que inclui câmbio automático de nove marchas, motor a diesel, assistente de estacionamento e teto solar removível.
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A confirmação da fabricação aqui do SUV médio-compacto Land Rover Discovery, como primeiro produto da marca inglesa, já era esperada. Ao seu lado no mesmo estande, o elegante sedã médio-grande Jaguar XE, ainda com direção do lado direito, é um bom indicativo de que também está nos planos das instalações de Itatiaia (RJ) em 2016.
Interessante as diferentes estratégias da Renault e da Fiat em relação às suas novas picapes. Enquanto a Duster Oroch aparecia em lugar de destaque, com estilo e nome definido, como a primeira compacta de cabine dupla e quatro portas no mercado, a Fiat decidiu disfarçar bastante sua inédita picape média. Na realidade, ambas ainda não disputam esse mercado e, portanto, poderiam se exibir de forma mais aberta. Entretanto, a marca italiana exagerou no disfarce e no conflito de proporções, apesar de rumores apontarem para sua estreia no segundo semestre do próximo ano até antes da Oroch.
Pseudoaventureiros continuam a surgir, a exemplo do cross up!, Spin Activ, Sandero Stepway e Saveiro Cross cabine dupla.
Já a Hyundai deu boas indicações de como evoluirá o estilo do HB20 por meio do conceitual R-Spec (SUV compacto, aliás, também nos planos para 2016) e reintroduzirá o Veloster, agora com motor adequado 1.6 turbo/204cv. Discretamente, a Citroën exibiu no C4 Lounge o primeiro turbo flex (173cv/etanol) de uma marca de alta produção, antes disponível apenas no BMW Série 3.
Entre os importados, vários lançamentos do recente Salão de Paris já valem a visita ao de São Paulo: Mercedes-AMG GT, BMW i8, Porsche 918 Spyder, Audi Off Road Concept, Lexus NX, Honda NSX, Nissan GT-R e Toyota FCV (primeiro elétrico de série a usar pilha a hidrogênio), além de carros bonitos, embora de venda limitada, como as peruas Classe C e Golf. As duas americanas têm o Ford Mustang (importação é certa) e o Corvette Stingray (ainda em avaliação).
Roda Viva
RUMORES dão conta de que recentes quedas de vendas e dificuldades financeiras crescentes de quase todos os fabricantes (também chamado de “Prejuízo Brasil”) levariam a possível pedido de revisão das metas de diminuição de consumo de combustível do Inovar-Auto, previstas para 2017.
FATO é que, em momento econômico ruim, a indústria terá de desembolsar muito. Fala-se que o governo federal prepara para meados de 2015 decreto para dar preferência em suas compras para veículos com melhor etiqueta de consumo (A ou B). Trata-se de outro desafio, pois até agora o programa de etiquetagem é voluntário. Governo recuará?
HYUNDAI Grand Santa Fe, um dos poucos SUVs para sete passageiros, entrega o que promete. Espaço interno generoso, motor V6/270cv/32,4kgfm silencioso e adequado ao peso do veículo, desempenho razoável em uso leve fora de estrada graças a um sistema moderno 4x4, vários comandos elétricos (até do freio de estacionamento). Suspensão poderia ser mais firme.
FENABRAVE, banco estatal Caixa e seu associado PAN assinaram acordo, semana passada, para apoiar as vendas de fim de ano das concessionárias. Serão praticadas taxas de juros mais baixas, pagamento inicial depois do carnaval e financiamentos de natureza emergencial às empresas. Sem dúvida ajuda, mas as condições econômicas ainda precisam melhorar muito.
PESQUISA da Fundación Mapfre, ligada à seguradora, indicou que itens de segurança estão em terceiro lugar na ordem de preferência dos comparadores de carro no Brasil.