As chuvas demoraram, mas chegaram. Só que, na maioria das vezes, elas estão vindo em forma de pancadas e temporais, pegando os motoristas desprevenidos. Nessa condição, o motorista sofre com a redução da visibilidade, que pode causar saída de pista ou batida, e a aquaplanagem, fenômeno que ocorre quando o carro passa sobre uma lâmina de água, fazendo as rodas perderem o contato com o solo e o motorista virar passageiro, sem nenhum controle da direção. Para manter a segurança, quando São Pedro abre as torneiras deve-se cuidar muito bem da manutenção de alguns itens e dirigir com muita, mas com muita atenção.
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Em período de chuva, cuidado: carro não é submarinoChuva e veículos: combinação perfeita?Garimpo para os antigosVai comprar um carro? Conheça as despesas com as quais você vai precisar arcar Comprou um carro zero quilômetro? Veja os gastos para manter um automóvelConfira plano de manutenção para conferir suspensão, peças e fluidos do seu carroApós tempestade... o mofoSete dicas para melhorar a visibilidade do veículo na época de chuvaMas alguns cuidados podem ajudar a evitar que isso aconteça: manter os pneus em bom estado, com sulcos acima de 1,6mm, pois são responsáveis por drenar a água; e reduzir a velocidade (abaixo dos 80km/h). É importante dizer que a aquaplanagem acontece principalmente em estradas planas e bem pavimentadas. O problema mais grave da aquaplanagem é que nem sempre as duas rodas dianteiras saem ao mesmo tempo da lâmina d’água, ou seja, uma das rodas recupera o atrito com o solo antes da outra.
CARECA FATAL Chuva e pneus “carecas” são receita infalível para provocar acidente grave. Os sulcos do pneu são responsáveis pela drenagem da água, garantindo a aderência. Se ele estiver liso, o veículo fica com a estabilidade reduzida e pode derrapar facilmente, até mesmo em curvas feitas em baixa velocidade. Rodar com pneus desgastados (com sulcos abaixo de 1,6mm) também implica multa.
EMPENAMENTO É preciso muito cuidado ao transpor trechos alagados, pois a água pode entrar no motor e provocar o chamado “calço hidráulico”, cujo conserto é caro e não tem garantia. O que ocorre é que a água entra, pelo sistema de captação de ar do motor, na câmara de combustão e no interior dos cilindros. Ao tentar subir, o pistão encontra a enorme resistência da água, que, diferentemente do ar, é pouco compressível.
LONGE DO PREJUÍZO Para fugir do “calço hidráulico”, evite passar por locais muito alagados, pois é melhor perder algum tempo do que ter prejuízo. Se realmente tiver que atravessá-lo, engate a segunda marcha e mantenha aceleração média e constante (em torno das 2.500rpm), pois isso vai evitar que a força de aspiração do motor seja muito alta, a ponto de puxar água para dentro do motor, e fazer com que o volume de gás expelido pelo propulsor seja suficiente para impedir a entrada de água pelo escapamento. E se o motor apagar durante a travessia, a primeira recomendação é não tentar fazer com que ele funcione (nem no tranco nem na chave), sendo que o melhor a fazer é colocar a alavanca de marchas em ponto morto, empurrar o veículo até um local seguro e chamar o reboque, para que seja feita uma análise mais detalhada em uma oficina.
LIMPANDO A ÁREA Se as palhetas do limpador do para-brisa e do vidro traseiro não estiverem em bom estado, o motorista terá muita dificuldade para enxergar sob chuva forte, pois elas não vão remover corretamente a água. Geralmente, as palhetas costumam durar cerca de um ou, no máximo, dois anos, e devem ser substituídas aos pares, mesmo que uma esteja em melhor estado do que a outra. Na hora da compra, deve-se ter o cuidado de ler com atenção a embalagem, verificando o código e a lista de veículos a que se destina o jogo, pois as palhetas costumam mudar de ano para ano, mesmo sem alterações no vidro. A substituição é simples e pode ser feita por qualquer motorista com uma chave de fenda pequena.
RESERVATÓRIO É fundamental abastecer o reservatório do limpador do para-brisa e do vidro traseiro, que geralmente fica no compartimento do motor. Ainda tem motorista que insiste em abastecê-lo com uma mistura de água e detergente comum.
ILUMINAÇÃO Os faróis devem estar sempre regulados, com chuva ou sol. Quando começar a chover, o motorista deve acender os faróis baixos, mesmo durante o dia. Ao parar em um posto, ele deve limpá-los, pois a sujeira reduz de forma significativa a sua capacidade de iluminação, além de alterar a trajetória dos fachos.
DISTÂNCIA Nessa condição de piso molhado, é fundamental lembrar que é preciso uma distância maior para o carro parar. Se ele não tiver ABS, então… Por isso, lembre-se de reduzir a velocidade e pisar no freio bem antes, senão, você pode “dar com os burros n’água”.
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