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Iveco coloca 3,2 mil empregados de Sete Lagoas em férias coletivas

Colabores da Iveco em Sete Lagoas (MG) ficam dispensados entre 15 de dezembro deste ano a 14 de janeiro de 2015

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Iveco coloca 3,2 mil empregados de Sete Lagoas em férias coletivas
Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação


Para ajustar a produção à demanda mais fraca, a Iveco, marca de caminhões e comerciais leves da Fiat, concederá férias coletivas de 30 dias, 10 a mais que o período tradicional de paralisação de fim de ano, a 3,2 mil empregados da fábrica de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais. Eles serão dispensados do dia 15 de dezembro deste ano a 14 de janeiro de 2015.

A empresa informou, ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que toda a área operacional ficará paralisada, à exceção da fábrica de veículos de defesa, responsável pela fabricação do Guarani, desenvolvido em parceria com o Exército Brasileiro. De acordo com o sindicato local dos metalúrgicos, a montadora já concedeu, este ano, 50 dias como férias e 47 a título de banco de horas.

Vespasiano e Lagoa Santa

Em assembleia realizada na tarde dessa quarta-feira, os metalúrgicos de Vespasiano e Lagoa Santa rejeitaram proposta de acordo salarial apresentada pelas empresas. A proposta dos patrões consistia em reajuste de 6,7% para empresas com até 50 empregados e 7% para as que têm acima de 50 trabalhadores.

O índice foi considerado baixo, já que nas empresas de São José da Lapa, município que também compõe a base do Sindicato, os acordos coletivos não fecharam com índices menores que 8%. “Ao contrário de Vespasiano e Lagoa Santa, São José da Lapa não possui nenhuma multinacional trilionária. No entanto, todos os trabalhadores conquistaram 8% de aumento, além do reajuste de 10% no piso salarial. Se as empresas pequenas pagaram, o que impede que as gigantes façam o mesmo?”, questiona Volnei Weber Terceti, presidente em exercício do Sindicato dos Metalúrgicos.

O Sindicato pretende intensificar as mobilizações nas portarias e no chão de fábrica, no intuito de forçar os empresários a melhorar a proposta. “As negociações já poderiam estar fechadas, mas em nome do lucro sem limites os patrões tumultuaram o processo e declararam guerra contra os metalúrgicos. Resta aos trabalhadores fazer tremer o chão de fábrica, mostrando que não estão para brincadeira”, finaliza Volnei.