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Bem que o equipamento já poderia estar no mercado há mais tempo. Depois de o protótipo pronto e o requerimento da patente em 2012, Júlio chegou a apresentar a ideia em duas feiras, mas não houve interesse de parceira de nenhuma empresa do setor. Ano passado, então, ele e o irmão, o administrador de empresas Lúcio Oliveto Alves, decidiram abrir uma empresa para produção e venda do equipamento: a Livre – Sistemas Motorizados Multifuncionais. Por enquanto, são fabricadas 20 unidades por mês, mas o objetivo é que esse número passe para 80 em breve. Somente nos quatro dias em que o produto foi exposto na Reatech, quando as vendas oficialmente começaram, foram comercializados 15 kits.
COMO UMA BICICLETA O equipamento é composto basicamente por roda dianteira – as traseiras são as da cadeira de rodas – e motor elétrico (veja ficha técnica), com acelerador eletrônico (pela manete direita do guidão), freio duplo e bateria. Um par de retrovisores e iluminação, com um farol dianteiro e outro traseiro, compõem o sistema básico de segurança.
O objetivo é atender a qualquer tipo de cadeira manual, mas nada impede que o kit seja instalado em cadeiras motorizadas. Uma vez transformado em triciclo, como meio de transporte, o veículo está para o cadeirante mais ou menos como uma bicicleta para o não cadeirante. Aliás, as ciclovias, segundo Júlio, são o local mais recomendado para sua circulação, uma vez que a velocidade é limitada a 20km/h. “A questão da mobilidade é tão importante que nesse veículo some a sensação de se estar em uma cadeira de rodas.
VERSÕES O kit já foi lançado levando em conta as peculiaridades de cada usuário. São 10 versões com diferentes combinações. O motor pode gerar potência de 250 watts (kit para crianças), 350w (o padrão) ou 500w (para cadeirantes mais pesados, com até 120kg). Nesse último caso, a velocidade pode chegar a 35km/h, mas como nas demais situações, é limitada a 20km/h por questão de segurança. O pneu também varia entre o padrão de 20 polegadas e um menor, de 16, para facilitar a entrada em ambientes apertados, como um elevador, por exemplo. A bateria pode ser em formato de garrafa ou bolsa, mas de qualquer forma rende autonomia de 20 quilômetros e o carregamento é na tomada em cerca de quatro horas. “Como nós mesmos é que desenvolvemos, tudo é bem flexível”, afirma Júlio, acrescentando que está em desenvolvimento um guidão em forma de arco para facilitar a condução daqueles com pouca força nas mãos.
A versão básica, com potência de 350w e roda-padrão de 20 polegadas, custa R$ 4.990. Com as diversas combinações, o preço pode chegar a R$ 8.500, incluindo uma bateria reserva.
FICHA TÉCNICA
» Motor: importado, semelhante ao de
bicicletas elétricas, de 36V com potência de 250w, 350w ou 500w;
» Velocidade máxima: limitada a 20km/h;
» Freios: duplo (freio V-break e freio a disco);
» Bateria: de lítio, tipo “garrafa” ou “bolsa”,
com autonomia de 20 quilômetros;
» Peso: suporte – 5kg; kit todo – de 12kg
a 17,5kg;
» Capacidade: usuário de até 120kg;
» Garantia: seis meses.
MULTIFUNCIONALIDADE
Com o mesmo suporte universal criado para o kit Radical, Júlio pretende desenvolver outros produtos. Três já estão em desenvolvimento: o Exercita – espécie de bicicleta ergométrica para o cadeirante exercitar as pernas, evitando atrofia muscular; o Supera – sistema de esteiras motorizadas para subir escadas e andar em terrenos irregulares; e o Me Leva – uma roda traseira motorizada que empurra a cadeira de rodas, também para facilitar a condução.
Serviço
Livre – Sistemas Motorizados Multifuncionais
(12) 3912-3494 ou (12) 97401-6414
radical@kitlivre.com
www.kitlivre.com
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