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Honda CG 160 Titan e Fan 2016 são renovadas

Com mudanças mecânicas e visuais, modelos agora contam com motor maior, nova posição de pilotagem e rodas de liga leve, mas chegam às concessionárias com preços mais salgados

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

A CG 160 Fan tem mesmo conjunto mecânico da Titan


A nona geração da Honda CG, modelo lançado há quase 40 anos, chega trazendo novidades no motor e no visual. Nascida com motor 125, saltou em 2004 para 150, e agora adota o novo 160, com mais potência e torque, nas versões Titan, topo de linha, e na Fan. Durante sua trajetória, a balzaquiana CG já emplacou mais de 11 milhões de unidades, tornando-se o veículo mais vendido da história do país. Por isso mesmo, mudanças mais radicais envolvem incertezas. Entretanto, a montadora apostou que o pacote de modernizações seria capaz de convencer o risco do preço mais salgado.

A CG 160 Titan tem preço sugerido (sem frete e seguro) de R$ 9.290, e a CG 160 Fan (também sem frete e seguro), R$ 7.990. Uma indigesta conta de cerca de 8% em média mais cara em relação aos modelos equivalentes da geração anterior. Porém, a ousadia é que, mesmo com quadro econômico adverso e vendas em continuada retração, a marca manteve inalterado o programa de desenvolvimento e modernização da linha, que chega já como 2016. As alterações do conjunto também atingiram a ergonomia, com nova posição de pilotagem.

MUDANÇAS O motor de um cilindro, com 162,7cm³, tem tecnologia flex e é o mesmo também utilizado na NXR 160 Bros, com duplo balanceiro, que reduz as vibrações e arranjos internos, aumentando a suavidade e facilidade de manutenção. A potência com gasolina é de 14,9cv, e com etanol sobe para 15,1cv, ambas a 8.000rpm. O torque com gasolina é de 1,40kgfm, e com etanol, de 1,54kgfm, em idênticas 6.000rpm. O interessante é que tanto potência quanto torque máximos aparecem em rotações mais baixas, facilitando as retomadas e a pilotagem.

As rodas de liga leve da Titan ganharam novo desenho exclusivo



Com o motor trabalhando em giros mais reduzidos, não é necessário esticar tanto as marchas para obter desempenho, reduzindo também o consumo. A mágica toda é em função do aumento do curso do pistão e da capacidade do motor. Na Titan, as alterações mecânicas foram acompanhadas de adoção de rodas de liga leve, com desenho exclusivo, novo painel totalmente digital, agora finalmente dotado de conta-giros, nova carenagem de tanque, mais encorpada, que a deixa com aspecto maior, nova capa de farol e para-lama dianteiro.

ANDANDO A Titan ganhou novas alças de segurança removíveis para o passageiro, novo suporte de placa, novo escape, mais inclinado e curto, além de novo banco e pedaleiras levemente mais baixas para deixar as pernas menos flexionadas, em posição mais confortável. O bocal do tanque de combustível agora é do tipo esportivo, com dobradiça e sistema de reaproveitamento dos gases. Os freios são do tipo combinado. Ao acionar o pedal traseiro, parte da força vai automaticamente para o disco da roda dianteira, aumentando a segurança. Porém, o freio traseiro ainda é a tambor.

 

O pneu traseiro da Titan também é mais largo. O modelo CG 160 Fan tem o mesmo conjunto mecânico, mas painel digital sem conta-giros, banco sem alças para o passageiro, suporte de placa simplificado e rodas de liga leve, porém, com desenho diferente do da Titan. Andando, a pilotagem ficou natural, com os joelhos encaixados no tanque. A pegada do motor não faz milagres, mas, com mais força e potência, não são necessárias tantas trocas de marcha. Já os freios permanecem levemente “borrachudos”, sem perder a eficiência, para não assustar o piloto menos experiente.