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Chevrolet S10 ganha nova versão topo de linha

Versão High Country da picape média da marca americana tem visual mais descolado, com adereços diferenciados e ampla lista de equipamentos. Mas o preço...

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

A versão foi pensada para quem busca um veículo "extremamente sofisticado e valente"



A Chevrolet S10 agora tem uma nova versão topo de linha: a High Country. Nos Estados Unidos, essa denominação é usada para os utilitários mais sofisticados da marca. No último Salão do Automóvel, a picape esteve exposta como conceito, e fez sucesso com o público. De acordo com a Chevrolet, esta versão foi pensada para quem busca um veículo “extremamente sofisticado e valente”. Mas será que a S10 High Country cumpre essa proposta?

Nas ruas por onde passa o modelo chama a atenção, mérito do santantônio exclusivo, que ficou tão harmônico que teve gente perguntando qual picape era aquela. Além de ter substituído a tradicional peça tubular, o santantônio está integrado a uma peça que aumenta a altura da caçamba em cerca de 10 centímetros e conta com uma capota marítima exclusiva. Segundo o fabricante, esse conjunto proporciona melhorias aerodinâmicas. O projeto da High Country, feito pela equipe de design da marca no Brasil, ainda tem estribos laterais, aplique no para-choque, rack de teto, rodas de 18 polegadas, faróis escurecidos e lanternas com LEDs. O vermelho-chili, cor da unidade testada, é novidade.

Visual harmônico do santantônio incrementa visual e houve quem perguntasse qual caminhonete era aquela



Caracterizada principalmente pelos bancos com forração em dois tons, marrom e preto, a sofisticação do interior é que não convence muito. Não que o acabamento seja ruim, mas é que a Chevrolet deixou passar alguns detalhes importantes: os vidros elétricos, que são do tipo um toque apenas para o motorista; o espelho do para-sol, que não conta com iluminação para o passageiro e nem sequer existe no do motorista; faltam saídas de ar-condicionado para os passageiros de trás; e, se o banco do motorista tem regulagens elétricas, o do passageiro não conta nem com ajuste em altura.

RUIM Outros deslizes estão na capota marítima, que quando enrolada para o transporte de carga na caçamba não se encaixa bem dentro do santantônio; a falta de apoio de cabeça central no banco traseiro; o volante que só tem ajuste de altura; a falta de iluminação em alguns comandos da cabine, como o ajuste dos retrovisores; e o assento traseiro muito baixo em relação ao assoalho, que não apoia bem as pernas. Para os ouvidos mais sensíveis, o ruído do motor a diesel é alto. Já para quem gosta, o barulho reforça a impressão de dirigir um caminhãozinho.

O motor de 200cv está em sintonia com câmbio de seis marchas



LEGAL
Mas esta picape tem seus méritos. Para ajudar nas manobras, os sensores traseiros de estacionamento e a câmera de ré dão a maior força. Se estiver muito estreito, os retrovisores rebatem com o toque de um botão. Pela altura elevada, o acesso ao interior é difícil, o que pode ser amenizado pelos estribos e alças disponíveis. O sistema de iluminação é muito eficiente e inclui faróis e lanternas de neblina. O sistema de multimídia tem até DVD. A telefonia funciona bem, assim como a navegação, porém a experiência poderia ser melhor se o mapa trouxesse informações como condições do trânsito e radares.

NA ESTRADA
Além da beleza, o momento em que você se apaixona por esta picape é quando a coloca na estrada. O motor esbanja força e funciona em sintonia com o câmbio automático de seis marchas. São 200cv de potência a 3.600rpm e 51kgfm de torque a 2.000rpm (sendo 90% disponíveis a 1.700rpm). A S10 também está preparada para trilhar caminhos mais difíceis, contando com tração 4x4 e reduzida, tudo com acionamento fácil no console. O consumo na estrada foi de 12,4km/l. Na cidade, 6,7km/l. Em ambos os casos, o ar-condicionado estava desligado.

Volante tem apenas regulagem de altura e falta iluminação em alguns comandos



Como todas as picapes, que são feitas para levar carga, quando a caçamba está vazia a suspensão repassa as irregularidades do piso para os ocupantes. Porém, uma recente recalibração deixou a suspensão mais macia. E nas curvas, desde que esteja na velocidade adequada, a picape é estável. O pacote de segurança inclui controles de tração e estabilidade. A S10 High Country custa R$ 163.800, são R$ 9.250 a mais que a versão LTZ (antiga topo de linha), que tem o mesmo conjunto mecânico e conteúdo embarcado. Entre os concorrentes, ela só não é mais cara que a Toyota Hilux.