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Ávida por novidades para 2016, indústria automotiva apresenta três lançamentos

Semana começa com apresentação de uma picape com duas opções de motorização, seguida por um SUV argentino e fechada com o ronco de um sedã nervoso para bolso privilegiado

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Ávida por novidades para 2016, indústria automotiva apresenta três lançamentos
Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

A título de comparação, a Toro é 45 centímetros mais comprida do que uma Fiat Strada, mas tem 43cm a menos do que uma Chevrolet S10 cabine dupla. O modelo pertence a uma categoria inaugurada pela Renault Oroch, mas que foi batizada pela Fiat de Sport Utility Pick-up (SUP) devido à proposta de ser uma picape com “gosto” de SUV, mas com a dirigibilidade de automóvel.

Na prática, a Toro não entrega acabamento de SUV nem mesmo na versão topo de linha, que tem plásticos com aspecto ruim e, na unidade testada, montagem ruim de algumas peças plásticas e do couro do volante (enrugado). A favor ficam a posição elevada de dirigir e o espaço interno, aparentemente um pouco melhor que da Oroch. Na caçamba, a picape da Fiat também leva a melhor, com 820 litros de capacidade, contra 683 litros da Oroch. A tampa bipartida da caçamba permite, por meio de um acessório, estender o compartimento de carga, ganhando mais 405 litros.

Comandos no volante e tela multimídia de visualização imediata


Há duas motorizações. O motor 1.8 E.torQ Flex foi aperfeiçoado, ganhando mais torque e potência em rotações menores. Os números agora são 135cv (gasolina)/139cv (etanol) de potência e 18,8kgfm (g)/19,3kgfm (e) de torque. Esse motor está disponível com câmbio automático de seis marchas. O motor 2.0 turbodiesel tem 170cv e 35,7kgfm, e pode ser associado a um câmbio manual de seis marchas (que é a versão voltada para o trabalho) ou câmbio automático de nove marchas. A tração pode ser 4x2 ou 4x4 com reduzida. Completam a configuração mecânica a suspensão traseira multilink e a direção com assistência elétrica. O elevado peso da picape, que varia entre 1.619 quilos e 1.871 quilos, mesmo com motorização diesel, tira o brilho do desempenho.

Fiat Toro tem capacidade para até uma tonelada, passageiros e carga, na versão a diesel


CONTEÚDO A versão de entrada Freedom 1.8 Flex automática (R$ 76.500) tem de série ar-condicionado, rádio com comandos no volante, banco do motorista com regulagem de altura, auxiliar de partida em subidas, sensor de estacionamento traseiro, revestimento da caçamba, controle eletrônico de estabilidade e sistema Isofix para fixação de assento infantil. A Toro Opening Edition (R$ 84.400) é uma série especial de lançamento para a motorização 1.8 flex automática, com visual diferente. Em relação à versão de entrada, tem rodas de liga leve de 16 polegadas com parafusos antifurto, faróis de neblina, retrovisores elétricos rebatíveis, capota marítima na caçamba, ar-condicionado dual zone, câmera de ré, volante em couro com paddle shifts e central multimídia Uconnect Touch NAV de cinco polegadas.

Material do painel é de plástico duro, mas visual é agradável


A Toro Freedom 2.0 diesel 4x2 manual (R$ 93.900) traz a mais rodas de aço de 16 polegadas, protetor de cárter e o skid plate integrado ao para-choque dianteiro. A Freedom 2.0 diesel 4x4 manual (R$ 101.900) ainda conta com controle automático em descidas íngremes no fora de estrada, retrovisores externos elétricos, alarme e iluminação de caçamba. Topo de linha, a Toro 2.0 diesel Volcano 4x4 automática tem a mais ar-condicionado dual zone, rodas de liga leve de 17 polegadas, câmera de ré, central multimídia Uconnect Touch NAV de cinco polegadas, quadro de instrumentos com display colorido de sete polegadas, faróis de neblina que iluminam em curva. A Fiat espera vender 50 mil unidades da Toro por ano, sendo 40% da versão flex, 18% a diesel manual 4x2, 12% a diesel manual 4x4 e 30% da diesel automática.

SW4 No meio da semana, a Toyota lançou a nova geração do SUV SW4, fabricada na Argentina. Umas das intenções do projeto foi desenvolver uma identidade visual própria para o modelo, desvinculando sua imagem de “SUV da picape Hilux”. O modelo ganhou nove centímetros no comprimento e 1,5cm na largura, e perdeu 1, 5cm de altura e 0,5cm de distância entre-eixos. As medidas da nova SW4 são 4,80 metros de comprimento, 1,86m de largura, 1,84m de altura e 2,75m de entre-eixos.

Luxo impera no interior de tonalidade clara do sedã esportivo


No exterior, destaque para a grade cromada, os faróis de LED com luzes diurnas, as rodas de liga leve de 18 polegadas e o spoiler traseiro. Por enquanto, a Toyota só oferece a versão SRX, com capacidade para cinco e sete lugares. O interior tem acabamentos em couro e madeira. O pacote de segurança tem sete airbags (frontais, laterais, de cortina e joelho), controles de tração e estabilidade e sistema Isofix para fixação de assentos infantis.

São duas motorizações: o 2.8 a diesel, com 177cv de potência e 45,9kgfm de torque; e o V6 4.0 a gasolina, com 238cv e 38,3kgfm. De acordo com a Toyota, o motor flex será lançado este ano. O câmbio é automático de seis marchas, com opção de trocas manuais por paddle-shifts. A tração 4x4 é acionada por meio de um interruptor eletrônico localizado no painel. O modelo já está disponível na rede de concessionárias da marca. São três opções disponíveis: SW4 2.8 a diesel de sete lugares (R$ 225 mil), SW4 2.8 a diesel de cinco lugares (R$ 220 mil) e SW4 V6 a gasolina de sete lugares (R$ 205 mil).

Jaguar XF A última novidade da semana é a chegada do novo Jaguar XF ao Brasil. Trata-se do modelo mais vendido da marca em todo o mundo, que já está disponível na rede de concessionárias. O sedã esportivo está sete milímetros mais curto que a geração anterior, porém o veículo ganhou cinco centímetros de entre-eixos, resultando em mais espaço para os passageiros.

As novas dimensões do sedã são 4.95 metros de comprimento, 2,09m de largura, 1,46m de altura e 2,96m de entre-eixos. A carroceria tem 75% de alumínio, chegando a ficar até 190 quilos mais leve do que a versão anterior. A rigidez estrutural aumentou em 28%. As novas linhas resultaram numa melhoria aerodinâmica, sendo que o coeficiente passou de 0,29 para 0,26. A distribuição de peso entre os eixos está próxima dos 50:50.

Jaguar XF impressiona pela harmonia das linhas e quase cinco metros de comprimento


São duas motorizações disponíveis. A 2.0 turbo, que equipa as versões Prestige e R-Sport, tem 240cv de potência e 34,7kgfm de torque, acelerando até 100km/h em sete segundos. Já a versão topo de linha S tem sob o capô um V6 3.0 Supercharged de 380cv e 45,9kgfm, o mesmo motor que equipa o F-Type, que acelera até os 100km/h em 5,3 segundos. O câmbio é automático de oito marchas em todas as versões. A suspensão dianteira é do tipo Double Wishbone e a traseira multilink. A direção tem assistência elétrica.

A versão de entrada é a Prestige 2.0 GTDi (R$ 264.700), que traz de série rodas de 18 polegadas, faróis bixênon, teto solar panorâmico e navegação. A intermediária é a R-Sport 2.0 GTDi (R$ 288.600), com visual mais esportivo, que contempla aerofólio e as saias laterais, além de acerto exclusivo de suspensão. A topo de linha S 3.0 V6 Supercharged (R$ 381.100) tem acabamento em fibra de carbono no interior e visual mais agressivo por fora, com rodas de 19 polegadas e pinças de freio vermelhas. E todo o conjunto ótico é em LED.

* Jornalista viajou a convite da Fiat e da Jaguar.