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Carro autônomo do Google provoca acidente na CalifórniaSem intervenção de motoristas, Audi A7 Sportback autônomo chega a Las Vegas após rodar 885 kmCarro autônomo da Volvo faz primeiro teste no BrasilAlemanha aprova lei de circulação de veículos autônomos2017: Mais próximo dos autônomosGoogle cria Waymo, marca de veículos independentesDepois do Model S, Tesla Model X e 3 também serão importados para o BrasilFord e Volvo anunciam novos passos no desenvolvimento de carros autônomosConversamos com Ricardo Takahira, da Comissão Técnica de Veículos Elétricos e Híbridos da SAE Brasil, que traçou um breve panorama a respeito do tema. “Veículos 100% autônomos já existem, mas os modelos que estão circulando por aí, seja com um nível de autonomia primário ou avançado, são pioneiros no trânsito urbano e nas rodovias”, explica. Alguns exemplos de veículos 100% autônomos são as máquinas agrícolas que funcionam tendo como base as coordenadas do GPS – fazendo todo tipo de serviço, como colheita, adubação e curvas de nível – e a linha quatro do metrô de São Paulo, que, apesar de ter um condutor à disposição para o caso de algum imprevisto, também opera de forma autônoma.
IMPREVISTOS Mas Ricardo chama a atenção para o fato de esses veículos funcionarem dentro de ambientes com interferências externas mínimas, seja numa fazenda com velocidade mínima ou sobre trilhos, onde as chances e as consequências de alguma coisa fugir do script é baixa. “O veículo autônomo depende muito do meio em que está inserido.
O engenheiro conta que, após passar pelas fases da mecânica, elétrica, eletrônica e das telecomunicações (com o carro conectado!), com os autônomos a indústria automotiva chegou à era da ciência da computação. “Tudo depende de computação, da projeção computacional do próximo segundo: monitorar obstáculos, antecipar-se aos imprevistos, controlar a direção e a velocidade”, explica. Ricardo cita como exemplo o software do tipo V2V (comunicação de veículo para veículo), onde cada veículo informa sua posição geográfica, o que torna possível prever acidentes como o do Tesla Model S.
IMAGEM O acidente fatal também levanta questões como a eficiência dos sistemas de imagem dos autônomos. Ricardo explica que existem muitos tipos disponíveis e que um veículo nunca deve trabalhar com apenas um, mas pelo menos dois sistemas de imagem diferentes. No sistema de câmeras, por exemplo, a imagem deve ser captada, transformada em uma linguagem que o computador entenda para depois ser analisada. As vulnerabilidades são várias, desde o fato de demandar um processamento demorado até a possibilidade de cair um cisco ou folha na frente da câmera. Além disso, esse tipo de sistema é muito dependente da visão, tendo que funcionar desde a escuridão total até a máxima luminosidade, como no deserto.