São Paulo – Depois de quatro anos seguidos em queda, o mercado brasileiro de veículos deverá ter crescimento próximo de dois dígitos em 2017. A aposta é do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Antonio Megale. Em vídeo enviado para a abertura de um evento do setor em São Paulo, Megale mostrou otimismo com a recuperação do mercado no ano que vem, mas ponderou que a velocidade da retomada será “diretamente afetada” pela velocidade da aprovação de medidas de ajuste fiscal. “A taxa de juros começa a cair, o risco país começa a cair, a confiança do investidor volta, o emprego volta, o otimismo volta e o país volta a crescer”, justificou. Vale lembrar que o crescimento deve se dar em cima da base fraca que está prevista para este ano.
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Vendas de carros novos crescem quase 2% em agostoVendas de carros novos em Minas cresce menos que a média nacional em junhoVendas de carros novos acelera em junho, mas cai 25,09% desde janeiroCom queda de 40% nas vendas em janeiro, montadoras vão esticar feriado de carnavalNovembro é o segundo pior mês do ano para importadosRecall do Civic recém-lançadoApesar da expectativa de melhora das vendas nos últimos meses do ano, a Anfavea já admite que está mais difícil atingir a previsão de produção. A projeção da associação é de 2,296 milhões de unidades produzidas este ano, 5,5% abaixo do volume registrado em 2015.
O ritmo diário, portanto, ficou em 7,8 mil unidades na primeira metade do mês, também recuo de 13,6% em comparação com a média da primeira quinzena de outubro de 2015. “Temos uma tendência de contração e não há um ponto de inflexão ainda”, disse. “Temos a mensagem clara de que não há sinal de estabilidade, não houve sinal de recuperação”, continuou o executivo.
A retomada, também de acordo com Golfarb, poderá se materializar no segundo semestre de 2017, caso o Banco Central comece o processo de diminuição da taxa básica de juros já na reunião de amanhã. “A queda da taxa é um estímulo para a economia, mas há um atraso de seis a oito meses para se traduzir em resultado”, disse o executivo.
REMESSAS
A crise da indústria automobilística no Brasil continua a derrubar as remessas de lucros das montadoras instaladas no país às suas respectivas matrizes no exterior. De janeiro a agosto, foram enviados US$ 38 milhões, queda de 72,4% em relação a igual período do ano passado, segundo levantamento apresentado pelo vice-presidente da Anfavea, Rogelio Golfarb. .