A Honda fez uma apresentação estática do WR-V, modelo que ela classifica como um SUV compacto, e, por esse mesmo motivo, vem gerando discussão. A marca continua a fazer suspense, tendo guardado o preço e o conteúdo para o lançamento, oficialmente marcado para março. E, a cada capítulo desta “novela”, a Honda parece estar cada vez mais distante de convencer que o veículo não é apenas um Fit aventureiro, já que ele usa a mesma plataforma do monovolume compacto.
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Salão de São Paulo: WR-V é finalmente revelado pela HondaHonda revela teaser do inédito WR-VHonda Fit EXL 1.5 FLEX - Versátil e fácil de dirigir Honda WR-V EXL 1.5 CVT tem características interessantes, mas não chega a ser um utilitário-esportivoTestamos o WR-V. Confira as impressõesHonda apresenta as duas versões do novo Civic SiHR-V Touring começa a ser vendido em abrilVersatilidade a bordo da CB 500XHonda força a barra ao lançar WR-V como SUV compacto e cobra caro por issoWR-V é nova aposta da HondaA história oficial do WR-V começa quando a Honda divulgou a imagem conceitual de um veículo bastante anabolizado, o que contrastou com a primeira aparição pública do modelo durante o Salão do Automóvel de São Paulo, bem mais comportado. Já se especulava que a base do WR-V seria a do monovolume Fit, mas, depois que o modelo “deu as caras”, ele vem sendo tratado apenas como uma versão aventureira do Fit mesmo. Na mostra de São Paulo não foram dados detalhes, e os veículos expostos estavam com uma película tão escura que não possibilitava ver seu interior.
IGUAL Até então, a única informação que se tinha era que o interior do modelo seria amplo e versátil. Com a apresentação, foi possível perceber que o interior do veículo é o mesmo do Fit: volante, instrumentos, painel e painéis de porta. Os bancos também são os mesmos, que permitem várias configurações, mas com duas padronagens de revestimento, preto e prata ou preto e laranja, de acordo com a cor da carroceria.
O trem de força do WR-V também é o mesmo do Fit, o motor 1.5 i-VTEC FlexOne – com potências de 115cv (com gasolina) e 116cv (com etanol) a 6.000rpm e torques de 15,2kgfm (gasolina) e 15,3kgfm (etanol) a 4.800rpm – com câmbio automático tipo CVT. As suspensões foram retrabalhadas para proporcionar mais estabilidade, já que a altura em relação ao solo é elevada.
DIFERENTE? É na dianteira que o WR-V tem mais identidade própria. São exclusivos o capô, os faróis, a grade, o para-choque e os painéis laterais, formando uma frente robusta e elevada. Já as laterais não negam a origem, com o mesmo vinco ascendente pronunciado, vidros e maçanetas do Fit, porém com apliques plásticos típicos dos aventureiros, além de rack de teto. As rodas de 16 polegadas e os pneus 165/60 foram desenvolvidos especificamente para o modelos. A traseira tem uma tampa nova, com um complemento da lanterna, e para-choque exclusivo.
As dimensões também não são as mesmas, mas as diferenças são sutis. O mais improvável foi feito pela Honda, aumentar o entre-eixos da plataforma em 2 centímetros em relação à do Fit, tendo o WR-V 2.55m entre os eixos dianteiro e traseiro.
PREÇO O preço ainda não foi divulgado, mas deverá ficar um pouco acima do de um Fit com nível de conteúdo similar, mas não ultrapassar o de um Honda HR-V de entrada, vendido por R$ 79.900 com câmbio manual. De acordo com a Honda, WR-V significa Winsome Runabout Vehicle, ou veículo recreacional e cativante, assim nomeado porque “seu design e sua usabilidade podem expandir as atividades diárias de seus usuários”. O WR-V é o primeiro produto cujo projeto foi liderado pela área de pesquisa e desenvolvimento do Brasil. O modelo será produzido na fábrica de Sumaré, interior de São Paulo, juntamente com os modelos Civic, HR-V, City e Fit..