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O ano que termina foi marcado por vários lançamentos importantes em diferentes segmentos

Confira o que de melhor e de pior aconteceu ao longo do ano. Novamente, os SUVs foram destaque, mas também tivemos outros lançamentos importantes e algumas polêmicas

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O ano que termina foi marcado por vários lançamentos importantes em diferentes segmentos
Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

Ford EcoSport ganhou retoques no visual e o novo motor 1.5

 

E lá se vai mais um ano, com lançamentos importantes, despedidas de modelos que já não mais se encaixam no mercado e notícias envolvendo o universo automotivo. Confira um resuminho de 2017.

Renault lançou o Captur, que usa plataforma e mecânica do Duster


MAIS SUVS O segmento continua em alta, não só no Brasil, mas em quase todos os mercados do mundo. Entre os principais utilitários-esportivos lançados durante o ano, destaque para a reestilização do Ford EcoSport, marcada pela estreia do novo motor 1.5 de três cilindros, além do interior que ganhou um verdadeiro banho de loja e um reforço nos itens de segurança. Pena que não foi possível ampliar o espaço interno. A Renault lançou o Captur, com uma bela carroceria montada sobre a mesma plataforma e conjunto mecânico do Duster. Talvez seja por isso que ele não alcançou o sucesso esperado. A Chevrolet lançou no Brasil o poderoso Equinox, seu SUV intermediário, com motor 2.0 turbo de 262cv, e muitos itens de conforto. Também é preciso registrar o bom desempenho de mercado do Hyundai Creta, lançado no apagar das luzes de 2016 e que fechará o ano como o segundo SUV compacto mais vendido do país, deixando para trás o Jeep Renegade.

 

 

A segunda geração do Peugeot 3008 surpreendeu pelo novo porte, mais SUV, pelas linhas originais, o desempenho e o conforto. O Jeep Renegade ganhou aperfeiçoamentos no motor 1.8 flex a fim de reduzir o consumo de combustível e melhorar o desempenho, com resultados tímidos. Já o Nissan Kicks finalmente foi nacionalizado, mas, ao contrário do que se poderia imaginar, ficou mais caro do que quando era importado do México. O modelo também ganhou a versão de entrada, com câmbio manual de cinco marchas, que o torna mais competitivo. Do exterior também vieram lançamentos importantes no segmento. Uns já chegaram ao Brasil e outros ainda devem desembarcar ao longo de 2018: são inéditos o Jaguar E-Pace, Range Rover Velar e Volvo XC90; além dos já conhecidos Land Rover Discovery (quinta geração), Volvo XC60 (segunda geração) e Audi Q5 (segunda geração).

Chevrolet Equinox desembarcou com o poderoso motor 2.0 turbo

Renault Kwid chegou fazendo barulho por causa do preço, mas não deslanchou


FORÇOU A BARRA E teve fabricante querendo embarcar na moda dos SUVs travestindo seus hatchbacks de utilitários-esportivos. Tudo começou com a Honda, que lançou o WR-V em março, nada além de um Fit com suspensão elevada e vendido por mais de R$ 80 mil. Dias depois a Ford apresentou o Ka Trail, também como um SUV, enquanto o modelo não passa de um hatch compacto aventureiro. Em agosto, a JAC Motors veio com o T40, com a mesma moda, que não colou. Para finalizar em grande estilo, a Renault também teve a cara de pau de apresentar o Kwid como um SUV. Existe até uma legislação maluca que permite classificar esses modelos como SUVs, baseada em características como altura em relação ao solo e ângulos de ataque e saída, mas os fabricantes precisam entender que quem quer um utilitário-esportivo procura mesmo por um veículo de maior porte, com bom espaço interno e altura elevada de dirigir.

A Peugeot caprichou na segunda geração do 3008, que agrada em vários quesitos

O novo Volvo XC60 ganhou visual mais moderno


DE TSUNAMI A MAROLINHA A Renault provocou um tsunami em junho, no Salão de Buenos Aires, ao anunciar que o Kwid, seu novo modelo de entrada, seria vendido a partir de R$ 29.990. Mesmo sem terem visto o modelo de perto, milhares de pessoas deram os R$ 1 mil de sinal necessários durante os meses de pré-venda. No segundo mês após o lançamento, o pequeno foi o segundo modelo mais vendido do país. Mas nos meses seguintes, o tsunami virou marolinha e as vendas do Kwid caíram pelas tabelas e ainda aguarda-se por uma estabilidade.

Ford Ka Trail não passa de um hatch aventureiro

Quinta geração do Land Rover Discovery é completa


DESCASO A segurança de vários modelos foi colocada em xeque durante o ano, resultado dos testes mais rigorosos adotados pelo Latin NCAP a partir de 2016. Modelos como o Chevrolet Onix, o mais vendido do Brasil, e o Ford Ka, o terceiro em vendas, simplesmente zeraram os testes de colisão para proteção a adultos. Fiat Mobi obteve nota 1 e Peugeot 208, nota 2, sendo que este último teve reforços estruturais presentes no modelo vendido na Europa retirados do projeto brasileiro, um verdadeiro descaso. O que descortinou o baixo nível de segurança desses modelos foram os testes de colisão lateral, que revelaram penetração profunda no habitáculo e nível alto de lesões nos bonecos. Lançado com grande desconfiança em relação à segurança, devido aos maus resultados do veículo vendido na Índia durante os testes de colisão do Global NCAP, o Renault Kwid surpreendeu. O resultado de três pontos (dos cinco possíveis) mostrou um desempenho mediano, mas não satisfatório.

Novo Audi Q5 manteve estilo discreto, mas agrada

Honda WR-V é um Fit com suspensões elevadas


NASCE UMA RIVALIDADE O segmento dos hatches compactos premium ganhou dois importantes representantes. O Fiat Argo chegou em junho com três opções de motor (1.0, 1.3 e 1.8), três de câmbio (manual, automatizado GSR e automático de seis marchas) e três versões de acabamento (Drive, Precision e HGT). Não foi exagero, já que o modelo chegou com a difícil missão de substituir as versões mais caras do Palio, o Novo Palio, o Punto e, alguns consideram, até o Bravo. Em outubro, a Volkswagen contra-atacou com a nova geração do Polo, que veio caprichada. O modelo estreou a plataforma modular compacta MQB A0 – que permitiu não só alcançar nível exemplar de segurança, mas também a oferta de equipamentos de um segmento superior – e ganhou sob o capô o divertido motor 1.0 TSI (turbo), além das demais opções 1.0 MPI e 1.6 MSI.

Nova geração do VW Polo usa a plataforma modular MQB AO, que se destaca pela segurança

Fiat Argo foi lançado com a difícil missão de substituir algumas versões do Palio, o Punto e até o Bravo


MUDANÇAS DISCRETAS Este também foi o ano das reestilizações discretas, com menção honrosa para o Ford Fiesta, cuja sexta geração ganhou um inusitado segundo facelift. Diferente do esperado, a Ford manteve no modelo o problemático câmbio automatizado PowerShift, que ficou com o filme tão queimado que perdeu esta denominação. Para completar a lista de veículos que atingiram a meia-vida em 2017, temos VW up!, Honda Fit e o Toyota Corolla, que finalmente ganhou controles de tração e estabilidade, além do retorno da versão esportivada XRS.

Ford Fiesta passou por discreta reestilização e manteve o câmbio PowerShift

Honda Fit atingiu meia-vida com pequenas mudanças no visual


DESPEDIDAS Entre as despedidas do ano, impossível não mencionar o caso da Fiat, que, visando uma renovação ampla de sua linha, encerrou a produção de nada menos que oito modelos: Bravo, Punto, Linea, Idea, Palio, Novo Palio, Weekend e Doblò (nem todos confirmados pela marca). Sem falar no Freemont, que deixou de ser importado do México. Daqui a alguns meses, quando acabarem os estoques dos que já se foram e chegarem as novidades, a Fiat deve oferecer apenas oito modelos no mercado brasileiro: os hatches Mobi, Uno e Argo; os sedãs Grand Siena e Cronos (que chega no primeiro trimestre de 2018); as picapes Toro e Strada (esta é velha, mas ainda vende bem); e o Fiat 500, que é importado.

Toyota Corolla ganhou controles de tração e estabilidade, e a versão XRS

Chevrolet Onix, o mais vendido, tomou bomba no crash-test