De São Paulo - A Volkswagen lançou o sedã Virtus, um compacto premium derivado do Polo. Apesar de estar entre os compactos, o novo três-volumes é espaçoso por dentro. Com 2,65m de entre-eixos (8,6cm a mais que o hatch), o espaço para os passageiros de trás é bom, mas quem senta no meio tem o conforto prejudicado pelo túnel do assoalho e o console central. Passageiros com estatura acima da média podem ter problema com a altura do teto. O porta-malas também é espaçoso, com 521 litros de volume.
O design é elegante e harmônico. Como no Polo, a dianteira é musculosa. Nas laterais, a linha de ombro é levemente ascendente, enquanto o teto tem uma descaída estilo cupê. Na traseira, predomínio das linhas horizontais, com destaque para as lanternas que invadem a lateral e o spoiler na tampa do porta-malas.
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O interior é como o do Polo, com muito uso de plástico, porém de boa qualidade.
O Virtus ganhou nota máxima de segurança, concedida pelo Latin NCAP. O sedã é construído sobre a plataforma modular MQB A0, que permite o uso de itens de conforto e segurança. A carroceria é construída com aço de alta e ultra resistência.
São duas motorizações disponíveis. A mais simples combina o motor 1.6 MSI - com potências de 110cv/117cv (gasolina/etanol) e torques de 15,8kgfm/16,5kgfm (g/e) - e câmbio manual de cinco marchas. Já a mais divertida traz motor 1.0 turbo - 115cv/128cv (gasolina/etanol) e torque de 20,4kgfm (g/e) - e câmbio automáticol de seis marchas.
A versão de entrada é a 1.6 MSI (R$ 59.990), que traz de série direção elétrica, vidros elétricos, banco do motorista com ajuste de altura, ar-condicionado, sistema de som com Bluetooth, quatro airbags e controle de tração.
A intermediaria é a Comfortline 200 TSI (R$ 73.490), que, além de um conjunto mecânico mais sofisticado, acrescenta controle de estabilidade, assistente de partida em rampa, freio a disco nas quatro rodas, bloqueio eletrônico do diferencial traseiro, volante multifuncional, cornering, multimídia com aplicativos, sensor de estacionamento traseiro, retrovisor com função tilt-down, saída de ar para o banco traseiro, direção com ajuste de altura e distância, rodas de liga-leve de 15 polegadas, lanternas escurecidas e grade cromada.
Já o topo de linha é a Highline 200 TSI (R$ 79.990), que soma destravamento das portas e partida do motor por chave presencial, aletas para troca de marchas, ar-condicionado digital, porta-luvas refrigerado, controle automático de velocidade, luzes diurnas, rodas de 16 polegadas e grade em preto brilhante.
CONCORRENTES A Volkswagen surpreende ao lançar o Virtus com preço mais próximo ao de um Chevrolet Prisma 1.4, a partir de R$ 57.190, do que de um Cobalt 1.8, a partir de R$ 66.590, mais condizente com sua categoria. Já em relação ao Honda City, que tem a versão de entrada DX manual a partir de R$ 60.900, e a de topo EXL CVT por R$ 81.400, o novo sedã da VW tem preços bastante semelhantes.
DIRIGINDO Dirigimos o Virtus na versão intermediária Comfortline 200 TSI. O motor 1.0 turbo mostra autoridade para empurrar os 1.192kg do veículo, além dos passageiros, sem sofrência. Boa performance em ultrapassagens e retomadas são os diferenciais desse propulsor em relação ao 1.6 aspirado. O câmbio automático de seis marchas tem funcionamento suave, com respostas adequadas tanto para rodar tranquilo na cidade quanto numa situação mais dinâmica.
A suspensão é confortável. Durante o nosso trajeto, não houve situação para atestar a estabilidade. A direção tem assistência elétrica e, em um primeiro momento, pareceu excessivamente leve. Como já dissemos, o acabamento do Virtus é simples, mas se beneficia pela boa construção e está de acordo com seu posicionamento de mercado, abaixo do médio Golf.
(*) Jornalista viajou a convite da Volkswagen
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