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Encontro nacional de carros antigos reúne clássicos e raridades em Araxá

Evento que termina neste sábado (08), tem cerca de 300 modelos e promove um passeio pela história automobilística

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

As Mercedes-Benz Asa de Gaivota chamam a atenção de quem chega ao Grande Hotel


Termina hoje em Araxá a 23ª edição do Encontro Nacional de Automóveis Antigos, o Brazil Classics Renault Show 2018, evento que reuniu cerca de 300 modelos e muitos aficionados de diferentes partes do país. A Renault participa do evento para comemorar seus 120 anos de história e os 20 de produção de automóveis no Brasil. O pequeno Voiturette é uma réplica do primeiro Renault fabricado no mundo, em 1898. A empresa também mostra projetos que fizeram sucesso no Brasil, como o Dauphine e o Interlagos, produzidos sob licença pela Willys. Veículos do presente, como os elétricos Twizy e ZOE, podem ser experimentados pelos visitantes.

Um dos destaques do evento são cinco veículos que pertenciam à coleção de Og Pozzoli, um dos maiores colecionadores de automóveis antigos do Brasil, que morreu no fim do ano passado. Parte desse acervo foi adquirido pela empresária Lia Maria Aguiar, que pretende montar um museu em Campos do Jordão.


A ala das Ferraris impressiona por reunir os lendários modelos F40 e F50, além da Testarossa, Dino, GTO, 308 GTB e GTS. O Stanley Steamer se distingue pelo motor a combustão externa, sendo movido, portanto, a vapor. Um raríssimo e amarelíssimo exemplar do Lamborghini Miura divide os olhares com outro Lamborghini Espada e uma Alfa Romeo Giulia SS.

O Schacht 1902 é o modelo mais antigo em exposição. De origem americana, o veículo tem rodas altas para não atolar em estradas barrentas, comuns em sua época. A mostra de Araxá também reuniu vários exemplares da Mercedes-Benz. O modelo 300 SL Gullwing, o Asa de Gaivota, sempre rouba a cena e está disponível em dose dupla, colocando em segundo plano o belo Roadster.

O Rolls-Royce Phanton V, de 1967, é exclusivo porque sua carroceria é assinada pela casa James Young, que encerrou suas atividades logo em seguida. Além desse, vários exemplares da marca inglesa podem ser apreciados em Araxá. Sinônimo de luxo, dois modelos da Isotta-Fraschini também são destaque. São dois Tipo 8, um de 1923 e outro de 1925.

O Ford T pode não ser um dos exemplares mais raros, mas um modelo de 1908 chama a atenção não só pelo vermelho da carroceria, nem pelo dourado dos detalhes, mas por se tratar de um veículo da primeira série de produção. O exemplar da inglesa Allard é um esportivo que chegou a ser usado para corridas. O modelo combina carroceria e chassi ingleses com grandes motores americanos.

Para quem se impressiona com um V6, o Cadillac Coupé 1939 foi o primeiro nos Estados Unidos a usar um motor V16. Num primeiro olhar, o que chama a atenção no Daimler 1939 é o acabamento lateral em palhinha. Mas também é legal saber que cada roda do veículo conta com um macaco hidráulico que pode ser acionado individualmente de dentro da cabine. O Fiat Zagato 1951 é obra do projetista italiano que dá nome ao modelo.
 


 * Jornalista viajou a convite da Renault do Brasil