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Renault revela o Megane R.S.

Hatch esportivo entrega 39,6 kgfm de torque e tem estilo singular. É uma relíquia sobre rodas, que agarra no chão e apaixona

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Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

Assinatura da divisão esportiva da marca francesa faz toda a diferença no visual


Manhã de sol na Alemanha, na cidade de Bühl (181 Km de Frankfurt), QG da Renault/Nissan no país da velocidade. Lá a primeira fase da viagem contemplou dois incríveis dias com o foguete Megane R.S. Uma fera de motor 1.8 TCe que faz 0 a 100 km/h em 5,8 segundos e arrepia qualquer um com 280 cavalos de potência e máxima de 250 Km/h. Poderia parar por aqui e exibidas dezenas de fotos que tirei, mas vocês precisam saber mais.

O Renault Megane R.S. 2018 é um dos melhores carros que já dirigi. A assinatura da divisão esportiva da marca francesa faz toda a diferença para o carro, que entrega 39,6 Kgfm.  O estiloso amarelo, que é uma relíquia sobre rodas, agarra no chão, a tração 4x4 responsável pela pegada é chamada de 4Control. 

Motor 1.8 TCe faz de 0 a 100 km/h em 5,8 e conta com 280 cavalos


O médio esportivo, por enquanto, está longe do Brasil, mas sabe-se lá... Que injustiça, Renault! Não faz isso com a gente. O Megane nessa configuração poderia liderar a concorrência no segmento hot hatch. Vou explicar: quando um piloto de Porsche GT3 RS desce do carro para pedir licença e ver de perto o francês, você exclama, "ué! Como assim?" Aí, do nada, outro personagem sai do seu protótipo inglês, com placa de Luxemburgo, para dizer "nice, incrible" (que legal, incrível).

Estava na porta do lendário circuito de Nürburgring (mais 300 km de distância da minha largada), cenário de eletrizantes corridas da F-1. Nesse dia, uma quarta-feira, acontecia um track day apaixonante. E nele, um Megane R.S. que usa o mesmo conjunto mecânico do Alpine A110. O astral do bólido e a mecânica são irresistíveis, e olha que no fim do ano passado, no Japão, eu dirigi o Honda Type-R. A vantagem do Honda? O câmbio manual (opção de escolha no Renault) porque no estilo é páreo duro.

O R.S. 2018 é puro resumo da ousadia, que vi na divisão Renault Sport (disso vou falar em breve). Do jeito que você está lendo, sugiro parar um pouco e namorar as fotos do automóvel. Depois volte aqui. Pode crer. O visual destaca os faróis de neblina em LED triplos, além de contar com o para-choque desenhado da maneira que o ar não interfere na aerodinâmica. Veja ainda as entradas de ar adicionais e o spoiler integrado. Vale lembrar também das saídas de ar nos para-lamas dianteiros e a grade em preto piano com o logotipo R.S.

Na traseira, um difusor integrado ao para-choque mata qualquer um de inveja. O escapamento de dois canos é centralizado em única boca. O show à parte fica para as lanternas em LED que cortam a tampa. A rodagem aro 19 polegadas era o toque que faltava para "fechar o tempo". O carro é lindo!

Suspensão na frente é independente e atrás eixo de torção


Deixar Nürburgring para trás não foi fácil. Gostoso foi dirigir, sem limite de velocidade, até a divisa com a Bélgica. Quando você cai na real, o limite máximo de 130 km/h reeduca todo mundo e vai assim até a França, mas antes de chegar lá tive o prazer de parar em Spa-Francorchamps, já em área belga, na região de Liège. Acho que dispensa comentários falar desse templo do automobilismo porque é o GP de F-1 mais encantador e de tantas histórias, como a lendária curva Eau Rouge. E, em Spa, o Megane repetiu a popularidade.

Rodas tem ângulo de rodagem diferenciado


A certeza que esse seria um sucesso em todo o mundo que curte velocidade estava na minha frente. De volta ao veículo, por dentro, o interior personalizado, volante em couro com costura vermelha, display no para-brisas para indicar velocidade e roteiro do GPS. No volante, dois paddle shifts grandes, em harmonia com o ambiente analógico e digital do cluster e da tela central. Os bancos esportivos são de couro alcântara e luzes de LED decoram no amarelo racing em frisos na cabine.

Na estrada, testar a potência do carro e o modo de condução foi moleza com o câmbio de seis marchas e dupla embreagem. Mas faltou o freio de mão manual, não curto o automático com botão.

Editor Viajou a convite da Renault